No dia 31 de janeiro de 2023, o DCO completará 7.000 edições, desde seu lançamento em dezembro de 2003. Tal marca trata-se de uma gigantesca vitória para a imprensa operária e demonstra o comprometimento que o PCO tem com o seu trabalho de agitação e propaganda, visto que foi o primeiro partido brasileiro a ter um jornal on-line de periodicidade diária.
Para celebrar tal feito, esta matéria faz parte de uma série de matérias relembrando a história do Diário, entrevistando seus leitores e analisando o impacto que o jornal teve para o fortalecimento do PCO.
Do ponto de vista histórico, o DCO foi criado em dezembro de 2003 com o objetivo de cobrir os acontecimentos revolucionários da Bolívia. Para dar conta da necessidade e das intensas mudanças que aconteciam na situação política boliviana, não bastava um órgão semanal, como o Jornal Causa Operária: era preciso ter uma imprensa diária, capaz de atualizar in loco seus leitores sobre o que estava acontecendo.
Para suprir tal demanda, o PCO enviou o companheiro Rafael Dantas à Bolívia como correspondente e fundou o primeiro jornal diário na internet dentre os partidos da esquerda brasileira: nascia, assim, o DCO, dando conta de seu caráter internacionalista.
Depois da crise revolucionária boliviana, ficou comprovada a necessidade de uma imprensa diária capaz de levar a política do partido sobre as mais diversas situações aos leitores assim que elas acontecessem. Portanto, o DCO permaneceu organizado e produzindo matérias diárias; no início, o ritmo de trabalho era bem mais lento que o atual. Em algumas edições iniciais, só havia uma ou duas matérias.
Afinal, era preciso mudar a concepção dos militantes em relação à imprensa, visto que eles estavam acostumados a escrever de modo semanal. O jornal impresso semanal chega aonde a internet não pode chegar e cumpre o papel de organizar, ao seu redor, uma atividade política, tanto em torno de sua venda, quanto em torno de sua discussão; ou seja, tem um caráter organizativo, além de permitir análises mais profundas sobre os acontecimentos.
Já o Diário on-line tem um ritmo de trabalho diferente: precisa ser capaz de deixar seu leitor informado sobre o que está acontecendo no mundo, além de abranger uma quantidade muito maior de temas. Portanto, os militantes precisavam se adaptar aos dois estilos de redação.
Com o tempo, o trabalho no Diário foi se desenvolvendo – hoje em dia, o DCO publica mais de 60 matérias diárias em uma edição. Além disso, hoje em dia, o DCO conta com uma equipe de correspondentes muito grande: não só dentro do Brasil, abrangendo quase todos os estados da federação, como internacionalmente, nos EUA, em Cuba, no Chile, na Áustria, na Finlândia, em Luxemburgo, na República Tcheca, na Espanha, na Inglaterra e em diversos outros países.
Além disso, o DCO é um exemplo para a esquerda no que concerne a ser um jornal on-line. Não só pela periodicidade e pela quantidade de matérias em cada edição, mas pela sua organização: não se tratam de matérias soltas. Há uma versão diagramada do DCO, como tem na imprensa burguesa, disponível todos os dias; além disso, toda meia-noite, na aba “jornal do dia”, há uma nova edição do jornal, com manchete, editorial e destaques.
Entre os feitos do DCO, este diário entrevistou Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras, em parceria com a COTV, o cônsul de Cuba em São Paulo, Pedro Monzón, e enviou correspondentes para a Venezuela; além disso, o DCO enviou correspondentes para a Rússia para que cobrissem a guerra do país eslavo contra o imperialismo. Eduardo Vasco e Rafael Dantas foram enviados do DCO para o Donbass e fizeram uma série de matérias exclusivas, em defesa da Rússia, para este Diário.
O DCO surgiu como um Diário internacionalista, cobrindo a crise boliviana e prestando solidariedade à classe trabalhadora do país, em sua luta por sua emancipação. Durante todo esse período, sempre deixou claro seu firme princípio de defesa da revolução internacional: não à toa, um dos maiores, senão o maior, destaques do DCO é a editoria internacional, deixando claro o seu posicionamento trotskista.
