O esgoto travestido de órgão esquerdista chamado Diário do Centro do Mundo (DCM) realizou uma nova transmissão com ataques ao Partido da Causa Operária (PCO) na tarde desta quarta-feira (13). Não havia discussão política nas colocações, tão somente acusações requentadas um incontável número de vezes pelos detratores do Partido marxista e que se fossem levadas a sério, caracterizariam uma conduta criminosa por parte de seus dirigentes, em especial o presidente Rui Costa Pimenta. O dirigente do Partido, no entanto, anunciou que as declarações dignas de um esgoto serão contestadas através do direito de resposta, que o presidente do PCO requisitará judicialmente.
“Esse Rui Costa Pimenta”, disse o empresário Kiko Nogueira, chefe do canal, “o sujeito vive do Fundo Eleitoral”. Não é o pensamento compartilhado por uma ampla gama de personalidades do mundo político e da esquerda, que reconhecendo a força do ativismo de esquerda impulsionado pelo PCO, por exemplo, apoiaram o Partido durante o período em que o STF cassou as redes sociais do PCO, algo que a ânsia de Nogueira por difamar a agremiação ignora completamente. Finalmente, o próprio presidente Lula destacou a importância da atuação do Partido para a sua liberdade, quando os golpistas encarceraram o presidente em Curitiba.
Em sua total ignorância, Nogueira continua os ataques ao PCO. “São R$3 milhões liberados para não eleger ninguém. Ele vive disso. Ele pega esse dinheiro e cuida da família dele. Grana assim ele lava de uma maneira ou de outra, e tem espaço pra ficar atacar o Supremo, que nem Aldo Rebelo”, aqui, claramente evoluindo seus ataques para uma calúnia contra o presidente do Partido, Rui Costa Pimenta.
Fosse o dirigente marxista um cão raivoso como Nogueira, ansioso por colocar pessoas atrás das grades, bastaria a Pimenta exigir que o caluniador comprovasse a acusação de lavar dinheiro, esperar pelo fracasso já experimentado por detratores até mais habilidosos, para na sequência, exigir a condenação do empresário pela notícia falsa difundida. Sendo o presidente do PCO um homem civilizado e mais afeito ao debate político – ainda que com pessoas da mais baixa estirpe moral -, o pedido é para que DCM publique a resposta a ser feita por Rui Costa Pimenta, que quer discutir os ataques rasteiros de Kiko Nogueira no campo onde a discussão realmente interessa à esquerda, à classe trabalhadora e ao povo brasileiro: o campo da política.
Os ataques de Kiko Nogueira, do DCM e de tantos direitistas que vinham emulando a esquerda não se dá ao acaso. O País enfrenta nesse momento uma severa pressão do imperialismo para submeter o presidente Lula, para não escolher ninguém de sua confiança para substituir Rosa Weber no STF, mas alguém com atributos tão transcendentais ao que se esperaria de um magistrado, que a discussão facilmente poderia ser tomada com uma conversa de loucos.
Que importa, finalmente, a cor ou o sexo de alguém que vai julgar casos. Importa, isso sim, saber se a pessoa está apta para julgar o direito de partes em litígio. Qualquer outro atributo é tão irrelevante quanto a cor ou o sexo de qualquer outro juiz. Cor e sexo, no entanto, foram alçados a uma relevância para o cargo tão estranha que só pode ser explicada como uma campanha golpista. Para isso, é preciso lembrar duas campanhas importantes para o desenvolvimento do golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff.
Incapazes de desmoralizar o governo da petista apenas com campanhas contra a corrupção, o imperialismo impulsionou a campanha contra a Usina de Belo Monte e também, o “Não vai ter Copa”, que teve como grande garoto propaganda o atual deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). Sabe-se hoje que as mobilizações da época contavam com farto financiamento externo.
O verniz esquerdista, verificou-se na época, foi fundamental para dar um ar popular à conspiração armada para derrubar a presidenta Dilma. O mesmo processo reproduz-se agora, com a ligeira mudança de que se na época, a demagogia necessária para conferir popularidade às mobilizações foi construída em cima da ecologia e da população dos bairros operários, a campanha atual mira na mulher negra. Quem poderia, afinal, ser contra uma mulher negra em um posto de poder?
É esse o nível da chantagem que está sendo feita contra o presidente Lula. Anúncios em inglês na cidade de Nova Deli, na Times Square na cidade de N. Iorque, campanhas de vídeo muito bem produzidas e visivelmente caras, e tudo amplamente difundido pela mesmíssima imprensa que ainda hoje apoia visceralmente o golpe de 2016, como apoiou a prisão de Lula e tantos outros golpes, no passado e no presente.
Os ataques do DCM devem ser entendidos nessa conjuntura, e é para debater isso e situar o campo em que se encontra o DCM e seus protegidos que o PCO vai exigir o direito de resposta. Para responder às mentiras com verdades que Kiko e a direita não querem ver difundidos.
Em dado momento do vídeo, o dono do DCM critica quem “fica apontando o dedo pra gente que é do nosso campo”, mas este Dário Causa Operária faz questão de frisar que não existe “nosso campo” com Kiko Nogueira, Pedro Zambarda e demais direitistas por eles defendidos. Não estamos de forma alguma no mesmo campo que a dupla e nem com Gregório Duvivier, Jean Wyllys e tantos outros que se fingem de esquerdistas, mas nunca deixam passar uma oportunidade de demonstrar a qualidade de serviçais do imperialismo que são.
Verbalizando o que pensam os membros do seu “campo”, Kiko defende o Alexandre de Moraes e o mesmo STF ligados umbilicalmente aos golpistas de 2016 e 2018, quando o presidente Lula foi arbitrariamente impedido de se candidatar, em uma decisão que definiu os rumos do País. Nosso órgão e também o PCO defendem uma ampla reforma no Judiciário que o democratize e o fim do STF. Na mesma transmissão em que presta loas ao semideus onipotente Alexandre de Moraes (chamado de “Xandão” sem ironia) acusa os críticos: “não se pode criticar o ‘deus Lula'”, repetindo um argumento muito comum dos piores direitistas do Brasil, que não são os bolsonaristas, mas os tucanos, mais ferozmente pró-imperialistas.
Incapaz de responder às colocações do ator Zé Abreu, Kiko Nogueira o ataca dizendo que o ator trabalhou na Globo. Ele o faz diante de Pedro Zambarda, funcionário de ninguém menos que a deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP), outrora bolsonarista, hoje tucana. E falando em PSDB, o próprio Kiko parece ter sido acometido por uma amnésia e esquecido que foi serviçal da golpista editora Abril, sabidamente tucana.
É para expor isso, quem são os defensores da abstrata “mulher negra no STF” e os perigos que esses golpistas trazem para o governo do presidente Lula e para o País que o Partido anuncia que irá exigir seus direitos. Faltam elementos para afirmações, mas é possível que a campanha esteja em crise, tornando a resposta de Rui Costa Pimenta aos ataques do esgoto do sítio dito progressista uma parte importante da luta contra os golpistas de hoje.