«Encontros como este com vocês enobrecem-nos, elevam nosso espírito e, sobretudo, multiplicam nosso compromisso», disse Miguel Díaz-Canel Bermúdez, candidato a deputado da Assembleia Nacional do Poder Popular pelo município de Santa Clara, durante o intercâmbio que realizou, junto com os outros sete indicados para este território, com moradores da comunidade Antón Díaz, popularmente conhecida como La Gomera, na periferia da cidade.
Em suas reflexões － após ouvir intervenções profundas e comoventes － o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, falou de emoção e compromisso, e dos «dias muito difíceis que nosso povo está vivendo em fevereiro, devido à situação da eletricidade no país».
«Os incêndios florestais e as altas transferências de energia do Ocidente para o Orientecausaram várias interrupções do Sistema Elétrico Nacional, e em cada ocasião trabalhou-se duro para resolver a situação», expresou.
«Estes diálogos e a forma como vocês falaram fazem desta uma reunião legítima, porque não somente vocês falaram do compromisso com os candidatos, da necessidade de um voto unido, mas vocês também falaram dos problemas que o país tem, e isso é autêntico, porque a Assembleia Nacional do Poder Popular tem que trabalhar para resolver os problemas do povo, que ela representa», disse Díaz-Canel.
Esta é a terceira semana consecutiva, após terem sido escolhidos na Assembleia Municipal do Poder Popular, na qual os oito candidatos a deputados deste município de Villa Clara continuam o diálogo com representantes de diferentes setores para explicar as particularidades do profundo processo de democracia socialista que Cuba está passando, e para se aproximar ainda mais da realidade das diferentes comunidades.
A honra e o orgulho sentidos pelos eleitores por seus candidatos — quatro dos quais são delegados (vereadores)escolhidos na base — foi discutida na quinta-feira, 23 de fevereiro, em La Gomera, onde, tal como em muitos outros lugares do país, os jovens estão agora desempenhando um papel de liderança.
Após ratificar, em nome de todos, o compromisso com a Revolução Cubana, um desses jovens, Daniel Alejandro Bello Armas, que com apenas alguns anos de idade já é diretor da escola primária Héroes de Playa Girón 2, perguntou ao presidente Díaz-Canel «o que mais o país precisa que os jovens de Santa Clara façam neste momento».
«A juventude cubana é admirável”, disse o presidente. E lembrou como nos últimos anos «temos vivido tempos muito difíceis, com muitas limitações, nos quais a resposta de nossos jovens tem sido admirável, que cresceram e, através de sua participação, entenderam melhor a situação atual».
Em um intercâmbio com o jovem, buscando respostas para os muitos desafios que ainda estão por vir para a educação em Cuba, o chefe de Estado lhe pediu que trabalhasse em prol «de uma pedagogia totalmente inovadora, renovadora, capaz de trabalhar a heterogeneidade nas salas de aula, onde temos professores cada vez mais bem treinados».
«A questãoé criar nos estudantes uma capacidade de pensamento e um senso crítico, baseado nos valores fundamentais que são fomentados no país», disse.
«É essencial trabalharpara que na sala de aula haja uma relação mais fluida de comunicação, mais participativa, mais formadora de valores e sempre baseada no respeito. Trabalhar sempre com verdade e valores», afirmou o presidente.
ENCONTRO COM OUTROS HERÓIS ANÔNIMOS DO PAÍS
Junto com uma representação de mais de cem trabalhadores da unidade básica de negócios Gráfica Enrique Núñez Rodríguez em Villa Clara, o diálogo entre os oito candidatos de Santa Clara continuou pouco depois. Lá eles aprenderam detalhes sobre o extenso processo de investimento que tem sido realizado desde janeiro de 2017, e que transformou isto em uma instituição moderna, na qual é utilizada tecnologia de ponta.
Após uma visita detalhada às diferentes áreas do fluxo de produção do Poligráfico, os candidatos compartilharam com várias dezenas de trabalhadores, a quem agradeceram a dedicação com a qual realizam seu trabalho.
Foram especialmente lembrados dos dias complexos vividos em maio de 2020 por cerca de 70 trabalhadores que, após a ocorrência de um evento de Covid-19 na instituição, decidiram transformar o local em seu próprio centro de isolamento a fim de continuar trabalhando e não parar de imprimir jornais no país.
«Sentimo-nos muito orgulhosos de estar aqui, de visitar este lugar», disse o candidato Luis Morlote Rivas, presidente da União dos Escritores e Artistas de Cuba (Uneac), que quis compartilhar, em nome do movimento artístico intelectual cubano e também do sindicato da imprensa que pertence ao Sindicato dos Trabalhadores Culturais, a gratidão por tudo o que fizeram.
«Quero agradecer não só pelo esforçomas, sobretudo, pelos resultados alcançados por este coletivo em termos de um produto tão importante como a edição, e em meio às tremendas complexidades e falta de recursos, tornaram-se os heróis anônimos deste movimento intelectual, que depois aparece na mídia, que aparece na televisão», explicou.
O presidente Díaz-Canel também falou daqueles dias complexos e desafiadores de maio de 2020, dizendo aos trabalhadores do Complexo Poligráfico de Villa Clara «que estar aqui hoje, poder apreciar a verdadeira magnitude do que aconteceu naquela época e tudo o que foi feito na instituição, um pioneiro no processo de investimento que temos desenvolvido no país para aperfeiçoar todo nosso sistema editorial, de imprensa e de publicação, provoca sentimentos que, mais do que gratidão, são de reconhecimento, respeito e admiração pelo que vocês são capazes de fazer e pela forma como vocês enfrentaram esta decisão em um momento complexo».
UM LUGAR ONDE SE MOSTRA QUE «SIM, NÓS PODEMOS»
«Você são uns fora-de-série». Foi o que disse o primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, à família Infante, que está liderando um projeto de desenvolvimento local, no conselho popular de Manajanabo, em boa língua cubana e de forma sincera e natural, como ele costuma tratar o povo humilde desta cidade.
O líder cubano havia chegado à fazenda Cubanacán à tarde, junto com o resto dos candidatos a deputados do município de Santa Clara, para conhecer uma família de agricultores empreendedores que levaram muito a sério as facilidades criadas graças às 63 medidas aprovadas pela liderança do país para impulsionar a produção agrícola.
Em pouco mais de 72 hectares, floresce uma variedade de árvores frutíferas, plantações de ervilha, soja e grão de bico, bem como frutas cítricas como limões, entre outras culturas; a maioria das quais são processadas nas modernas miniindústrias desenvolvidas ali pelo agricultor Erieth Infante Ortíz e sua família, o que levou Díaz-Canel a dizer que este era um dos sistemas de produção local mais robustos do país.
«Este é um lugar onde se pode respirar aquele slogan de “sim nós podemos”», disse o chefe de Estado, que destacou a forma como a ciência e a inovação são aplicadas ali, além de aproveitar todas as facilidades concedidas aos produtores nos últimos anos.
Antes deste momento, Díaz-Canel e o resto da comitiva que o acompanhou neste seu terceiro encontro com os eleitores de Santa Clara nas últimas semanas, compartilhou com os moradores do conselho popularde Manajanabo, um lugar pitoresco onde moram pouco mais de 4.000 pessoas.
Ali, em um diálogo franco e sincero como é característico deste tipo de reunião, os habitantes levantaram suas preocupações em relação às questões mais díspares que afetam o bom funcionamento da comunidade, entre elas, o mau estado das estradas, as difíceis comunicações e a questão do transporte público.
Antonio Concepción, por exemplo, disse sem rodeios que os delegados (vereadores) e deputados deveriam estar mais estreitamente ligados à base, o que levou o dignitário a refletir, apontando que estava absolutamente certo, o que será objeto de análise pelos deputados que serão eleitos na votação de 26 de março.
A este respeito, o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido disse que a próxima legislatura tem que ajudar a resolver os grandes problemas que temos, o que se consegue com maiores vínculos com a comunidade.
«As sugestões de Ivet Echeverría e Belkis Evora, relacionadas ao transporte de crianças de alguns lugares distantes, que às vezes as impedem de frequentar a escola, e os vazamentos no telhado daquela instalação educacional, também merecem a mais profunda análise para encontrar uma solução», apontou o presidente cubano.
