Capitalismo agoniza

Crise econômica se aprofunda na Alemanha e ameaça UE

Com a mais industrializada economia europeia em recessão, resta ver como o resto do continente - e o mundo - reagirá à debilidade de seu mais dinâmico polo

A Alemanha entrou em recessão no primeiro trimestre de 2023, após a segunda contração consecutivos do produto interno bruto (PIB) em um cenário de queda da demanda industrial, elevação da inflação e também da taxa de juros. Durante anos, a força da economia germânica serviu como pilar de sustentação da Europa, mas com a conjuntura, marcada pela crise imperialista, que por sua vez, encontra-se dramaticamente acentuada por eventos correlatos, tais como a desorganização da economia mundial provocada pela pandemia de coronavírus e a debilidade militar expressa na libertação do Afeganistão, e na atual ofensiva russa contra a OTAN na Ucrânia.

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha que havia sofrido uma derrota humilhante, tendo de aceitar os termos do tratado de Versalhes, assinado em 1919 e cujas resoluções trouxeram a ruína do país. Na década de 1960 os alemães ocidentais já possuíam um padrão de consumo muito além da porção oriental, sob domínio da URSS e por meio de recursos norte-americanos, a economia da Alemanha escapa a devastação da Segunda Grande Guerra com muito vigor, tanto que o produto interno bruto (PIB) do lado ocidental alcançou o dos países de primeiro escalão do imperialismo, como Inglaterra e França. Com a decadência da economia imperialista e a eclosão da Grande Crise Financeira de 2008, no entanto, tudo ia mudar.

Em 2020, 16% dos alemães viviam abaixo da linha da pobreza, um recorde creditado à pandemia da COVID 19. Em constante declínio desde então, a economia alemã agora está mergulhada em crise, que entre as várias causas supracitadas, encontra-se a política monetária de bancos centrais como o americano Federal Reserve (Fed)  e o Banco Central Europeu, que buscam controlar a inflação aumentando as taxas de juros. A medida consegue controlar a inflação, mas pela via da asfixia financeira, levando famílias ao endividamento e empresas mais frágeis à falência. Soma-se a isso a origem da energia que abastece a poderosa indústria alemã, majoritariamente oriunda do gás russo, cuja comercialização encontra-se banida pelo imperialismo, contribuindo para uma desorganização ainda maior da economia europeia.

Com a mais industrializada economia europeia em recessão, resta ver como o resto do continente – e o mundo – reagirá à debilidade de seu mais dinâmico polo e por quanto tempo o imperialismo conseguirá manter a política de asfixia econômica contra a Rússia, sem provocar uma crise aberta em suas próprias fileiras.

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