A violência e o massacre do povo palestino levado adiante pelo Estado de Israel, não se limita apenas à faixa de Gaza. A Cisjordânia, território palestino que abriga 60% dessa população, também vem sofrendo com diversos ataques criminosos das forças israelenses.
Na manhã do último domingo, com o pretexto de estarem combatendo lideranças do Hamas, Israel lançou um ataque aéreo em na mesquita Al-Ansar, o resultado foi a morte de dois homens e a destruição da mesquita.
Após o ataque, os militares israelenses declaram que a ação matou diversos membros da Jihad Islâmica e do Hamas. Ainda aterrorizaram parte da população local, enviando mensagens de texto para alguns moradores da região, ameaçando sobre uma possível colaboração dessas pessoas com o grupo Brigada Jenin, principal e mais popular grupo armado da região. Os Israelenses também advertem para que a população local “guarde suas crianças em casa” e se desloquem para o norte de Gaza, para que não sejam “confundidos” com simpatizantes de grupos “terroristas”.
Na madrugada anterior, os israelenses mataram cinco palestinos nas cidades de Qabatiya, Tammun e Nablus. O número de mortos na região desde 7 de Outubro é de 90 pessoas. As prisões na Cisjordânia também aumentaram. Desde a ofensiva liderada pelo Hamas, o número de presos palestinos dobrou e suas condições como prisioneiros estão ainda piores que anteriormente.
A tensão na região teve início na sexta-feira, quando Israelenses atacaram grupos civis utilizando um drone e um helicóptero apache, armamento este, fornecido pelos norte-americanos. Foram assassinadas 13 pessoas incluindo crianças.
Um morador do campo de refugiados de Nur Shams, localizado a noroeste da Cisjordânia, desabafou sobre a situação: “Não vale a pena culpar os combatentes ou dar desculpas sobre o Hamas, ou o Fatah, ou a Jihad Islâmica serem responsáveis pelo nosso sofrimento, a responsabilidade cabe à ocupação (israelense)”, “Ninguém quer morrer, mas as pessoas ficam furiosas quando vêem mulheres e crianças serem massacradas e protestam e depois são mortas pelo exército israelita”, “Estou aqui para apoiar meu povo. Mesmo que você não faça nada aos israelenses, eles atirarão em você,ninguém está seguro hoje em dia.” concluiu.
O relato retrata o sentimento de todo o povo palestino em relação a escalada da violência que eles enfrentam. Diferentemente do que prega a imprensa imperialista, os palestinos sabem que o culpado pela violência contra eles é o Estado de Israel, os grupos armados islâmicos são seus aliados na resistência contra esse estado genocida e a única maneira de enfrentar o problema é através da ofensiva armada.