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HISTÓRIA DA PALESTINA

Criação de ‘Israel’, empreendimento de banqueiros imperialistas

A mitologia judaica é um enfeite ideológico para a operação política e econômica muito bem pensada do imperialismo, para o domínio da região.

Nesse domingo (17) ocorreu a segunda aula do curso A questão Palestina, promovido pelo Partido da Causa Operária (PCO), com o objetivo de fornecer ao povo brasileiro informações sobre a história da Palestina e de “Israel” que não são expostas pela imprensa burguesa, a qual é controlada pela máquina de propaganda do sionismo.

Ministrado pelo presidente do Partido, Rui Costa Pimenta, na aula foi exposto que a criação do Estado de “Israel” foi um empreendimento de banqueiros, desmontando a farsa divulgada por alguns de que poderia haver algum princípio de socialismo nas comunidades judaicas (os kibutz), ou que os judeus que fundaram “Israel” eram trabalhadores.

Segundo Rui, tais banqueiros angariavam recursos, pagavam as viagens de ida de judeus para a Palestina, garantindo-lhes inclusive a compra de terras e propriedades. Um esquema montado artificialmente na base do dinheiro de banqueiros.  Citou inclusive um caso em que a escolha da Palestina como o local onde seria erguido o Estado supremacista judeu foi discutida entre um banqueiro britânico e Chaim Weizmann. Presidente da Organização Sionista, a principal organização internacional do movimento sionista, fundada por Theodor Herzl em 1897, o criador do sionismo.

Mas quem eram os banqueiros por trás do movimento sionismo? O Estado sionista só foi fundado graças ao apoio do imperialismo britânico e norte-americano. Contudo, vale destacar alguns nomes. Três, especificamente.

O primeiro deles, Maurice de Hirsch, foi um banqueiro alemão, fundador da Associação para a Colonização Judaica, e principal responsável por financiar a migração massiva de judeus para Argentina.

Deve-se frisar, contudo, que através dessa associação, muitos judeus também foram assentados na Palestina. Afinal, ao fundá-la, Hirsch investiu inicialmente 2 milhões de libras esterlinas, valor este acrescido posteriormente para 7 milhões de libras. Quando da morte de sua esposa, mais 11 milhões foram capitalizados, de forma que a associação chegou a possuir várias colônias agrícolas na Palestina, na Argentina e no Canada, tendo fundo inclusive para financiar a ida e o estabelecimento de judeus europeus nesses locais.

O Barão francês Edmond James de Rothschild foi segundo banqueiro. Tratou-se de uma figura de proa no movimento sionista. Inclusive chegou a financiar a fundação da cidade costeira israelense de Rishon LeZion, a 8 km de Tel Aviv.

Estima-se que, através de sua Associação para a Colonização Judaica da Palestina, ele chegou a investir mais de US$50 milhões na aquisição de terras e propriedades, ultrapassando 50.586 hectares. Nas terras adquiridas, investiu na contratação de engenheiros para a construção de uma infraestrutura urbana, incluindo a instalação de redes elétricas.

E o terceiro, também de suma importância para o sionismo e a fundação de “Israel”, foi o “Barão” Walter Rothschild. Era ele quem era amigo pessoal de Chaim Weizmann.

No dia 2 de novembro, ele recebeu uma carta do então ministro das relações exteriores do Reino Unido, Arthur Balfour.

A carta ficaria conhecida como “A Declaração de Balfour”, um documento histórico do sionismo, que marcou o apoio do imperialismo britânico ao projeto de um Estado supremacista Judeu na Palestina. Segundo a declaração, o governo britânico (e sua burguesia imperialista) declarava, na pessoa de Balfour, o direito dos judeus a um lar na Palestina. Um eufemismo para os planos imperialistas e o apoio ao sionismo.

Assim, toda a operação de constituição de “Israel” foi uma operação milionários, banqueiros e imperialistas, com o fim dominar uma região que estava num processo inicial de exploração do petróleo.

Conforme apontado por Rui Pimenta na segunda aula do curso, os britânicos precisavam de ter um meio para controlar os países árabes. Segundo o presidente do PCO, observando o mapa dos países árabes, nota-se a posição estratégia da Palestina. A região faz fronteira com o Líbano, a Síria, a Jordânia e o Egito. Dos países árabes importantes, só não faz fronteira com o Iraque e a Arábia Saudita (deixando de lado os países muçulmanos do norte da África).

Rui prossegue em sua análise dizendo que ter um país fortemente armado (“Israel”) nessa localização permitiu controlar política e militarmente a situação no Oriente Médio. Tanto é assim que, nas guerras que se seguiram, “Israel” derrotou os países árabes todos. Demorou para os sionistas começarem a sofrer derrotas.

Assim, conclui que a criação do Estado de “Israel” foi um empreendimento de banqueiros e que a mitologia judaica é um enfeite ideológico para a operação política e econômica muito bem pensada do imperialismo, para o domínio da região.

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