Com preocupação e em sinal de alerta, Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), destacou a perigosa escalada da censura no país, expondo, primeiramente, sobre o caso do jornalista investigativo Joaquim de Carvalho, do portal 247, censurado na questão da denúncia da chacina de Paraisópolis. Há o caso da censura ao jornalista do PT, Breno Altman, que denuncia o sionismo, e o caso do PCO, que teve suas redes sociais derrubadas durante o período eleitoral.
É necessário entender que a censura não é um processo de minúcias legais. A direita se fortaleceu e inclusive deu um golpe. O país está imerso no reino da arbitrariedade, que em última instância é uma ditadura. Os juízes fazem o que querem. E a quase totalidade da esquerda apoiou tudo isso, em nome de que a censura, a repressão conduziria o país à “democracia”.
E por que a liberdade de expressão é o principal alvo? Porque a partir da censura, do sufocamento das liberdades democráticas, tudo fica mais fácil de ser controlado. Pode-se fazer um ato em defesa da Palestina, mas se defender o Hamas, toma-se censura, um processo e por aí vai.
A respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação às entrevistas, trata-se de mais uma total arbitrariedade, pois as plataformas serão responsabilizadas por aquilo que for dito pelos entrevistados, e isso é uma ameaça direta às redes sociais.
Durante a pandemia, não se podia falar nada contra a vacina, pois logo era taxado de “negacionista’. Também na guerra da Ucrânia a censura foi ao máximo, com cancelamento até mesmo de autores russos consagrados.
No regime republicano tudo pode ser proposto, tudo pode ser defendido, não pode haver restrições. Pode-se concordar ou não, mas a defesa, a proposição, isso é legítimo, o direito deve ser assegurado.
O PT embarcou nessa canoa, tanto que indicou Flávio Dino – um repressor – para o STF.
Ingerência externa nas instituições nacionais
Merece destaque também a problemática dos órgãos de espionagem sionista (Mossad) no Brasil, juntamente com a CONIB (Confederação Israelita Brasileira), que, com a Polícia Federal, atuam contra as instituições nacionais. Seria necessária uma investigação, mas não acontecerá. A censura, portanto, é uma coisa importada, do imperialismo.
O PCO está articulando uma campanha em defesa do Breno Altman, caso que se conecta com a campanha contra o ex-governador João Doria, que processou o Partido. Continuamos a campanha e pedimos a contribuição de todos.
Há o caso da prisão de Tiago Pires, militante do PCO em Araraquara, que estava colando cartazes em defesa da Palestina e foi detido pela polícia sob acusação de dano ao “patrimônio público”.
Para completar esse quadro, temos o TSE, que praticamente proibiu todo o tipo de propaganda eleitoral no país. Chegou-se ao absurdo de ter leis que proíbem a propaganda eleitoral em razão de dano ao meio ambiente.
Essequibo é da Venezuela
A região pertencia à Venezuela e foi roubada pelos ingleses como parte da operação para constituir um país artificial, a Guiana Inglesa. É legítimo apoiar a reivindicação da Venezuela. O Brasil assumiu uma posição centrista no caso e não reconheceu o direito venezuelano. O Brasil enviou tropas para a fronteira, mas qual a ameaça? Nenhuma.
O fato é que estamos diante de um potencial conflito entre o imperialismo e a Venezuela, por conta da exploração do petróleo.
No Brasil, há uma “seita de lunáticos” que não quer explorar o petróleo nacional. Isso num país onde mais de 100 milhões de pessoas ganham menos de um salário mínimo, ou seja, estão na mais completa miséria.
A posição da esquerda brasileira é de não apoiar a Venezuela. O PCB disse que Maduro está adotando uma posição chauvinista-nacionalista. É uma lástima a posição da esquerda. Na Palestina não apoiam o Hamas. Na Ucrânia apoiam a OTAN e na Venezuela apoiam o imperialismo.
No terreno das notícias boas, temos a questão da Ucrânia, onde o imperialismo vem colhendo um retumbante fracasso. A ação do Hamas contribuiu para essa situação.
Defender a Palestina e o Hamas
São dois meses de conflito. Israel, com os bombardeios, já deixou mais de 17 mil civis mortos, sendo destes, mais de 7 mil crianças. Trata-se de um genocídio da população infantil palestina. O objetivo do sionismo é claro, massacrar a população e exterminar o povo. O que se constata é a inexistência de um objetivo militar, mas sim, o interesse de aniquilar os palestinos.
Enquanto isso, os EUA vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU propondo um cessar-fogo. Isso é a “democracia”, é o Biden, o criminoso de guerra do Iraque.
Todos os hospitais de Gaza foram destruídos, com o objetivo claro de acelerar o morticínio, para que os feridos não sejam tratados. Há repressão também na Cisjordânia, onde há cerca de cinco mil presos e 300 mortos. Mais de 1,5 milhão de pessoas foram forçadas a sair de casa. Assassinaram médicos, jornalistas, intelectuais, acadêmicos, etc.
A esquerda pequeno burguesa parece ter decidido acabar com os atos públicos, substituindo-os por “espetáculos”. Uma capitulação absurda no momento em que Israel retoma e intensifica os bombardeios.
Um fato positivo é que o Hamas já enviou mais de 5.000 soldados israelenses feridos para os hospitais e matou algumas centenas de outros.
Israel não consegue progressos contra a resistência, daí parte para a humilhação, prendendo civis, deixando-os nus.
STF não age contra os verdadeiros mentirosos
Onde está o STF para coibir as mentiras e falsificações da grande imprensa? Onde está a luta contra o fascismo? Se os mentirosos devem ser perseguidos, por que não prendem os responsáveis pela grande imprensa? Por que a perseguição somente contra o Breno Altman, o PCO e o 247?
Governo do PT a caminho de uma crise?
A aprovação do governo está em 38%. É baixa, revela a debilidade do governo. Lula disse que está mais difícil governar do que das duas vezes anteriores. O PT publicou nota criticando o governo, “austericídio fiscal”. Ex-dirigentes disseram que a direita vai dar um “tranco”, enquanto Lula disse que o PT precisa “voltar às bases”. A situação é complexa e tudo indica que caminhamos para uma crise política.
Na cidade do Rio de Janeiro, vereadores determinaram a retirada da estátua do Padre Antonio Vieira, sob alegação de que o religioso seria escravagista. Uma barbárie, um atentado à cultura nacional.