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BRICS

Coro imperialista critica os BRICS e o petróleo

Críticas à expansão dos BRICS vê da imprensa imperialista a esquerda brasileira

Nesta semana passada, 24 de agosto, o Brics (acrônimo da língua inglesa de Brasil, Rússia, Índia e China), anunciou a inclusão de novos seis países, a repercussão desse acontecimento na esquerda nacional revelar a extrema necessidade de esclarecimento sobre o tema do petróleo.

Exploração do petróleo está fora de pauta?

Uma gama de veículos de imprensa progressivos, e até da esquerda repercutiram o crescimento do Brics. Uma em ataques abertos a ação, tentando desmoralizar o governo Lula, outras sobre menos influência da política imperialista o fizeram positivamente, mas com ressalvas. 

Essa, infelizmente, foi a posição refletida em muitos veículos de esquerda, inclusive alguns próximos do PT, como o Brasil de Fato, na matéria intitulada: “Brics ganha peso geopolítico e econômico, mas enfrenta contradições”, assinada por Rodrigo Durão e Julio Adamor, publicada em 24 de agosto. https://www.brasildefato.com.br/2023/08/24/brics-ganha-peso-geopolitico-e-economico-mas-se-torna-mais-conservador-e-contraditorio 

“O Brics ganhou musculatura geopolítica com sua expansão, o que deve tirar o sono dos dirigentes das potências ocidentais, especialmente os Estados Unidos. Essa musculatura atende principalmente aos interesses da China, e em certa medida da Rússia, que criam assim um contraponto mais forte ao G7 – grupo das sete maiores economias do planeta. Todavia, o bloco abraçou países que são conservadores e têm economias baseadas em exploração de petróleo, tendências que vão na contramão de pautas contemporâneas importantes, como direitos das mulheres e combate às mudanças climáticas.”

A colocação é clara, o petróleo não seria mais um fato mais importantes nas “pautas contemporâneas”. E também a luta de classes não teria o mesmo peso dos “direitos das mulheres e combate às mudanças climáticas”

Política com base moral

Antes da discussão sobre o petróleo, temos que aponta uma falha comum na política da esquerda pequeno burguesa. Para estes o que importa não são os interesses das classes, mas os seus valores morais, que sempre culminam nesta parte da esquerda sempre justificando seu apoio em vaiados níveis as políticas imperialistas.

Nunca se colocar que, agora, a derrota do imperialismo em qualquer lugar, sob qualquer aspecto, serve aos interesses da classe trabalhadora. Sempre a uma razão para se condenar aqueles que se colocam contra os interesses imperialistas.

Seja, a ofensa a imaculada democracia, mesmo sendo o imperialismo e essa esquerda opositores dos direitos democráticos. Seja, o “consumismo”, “ecologia” ou qualquer outra campanha imperialista que siva para atacar os países não desenvolvidos.

Tudo é aceitável, menos os interesses da classe trabalhadora. Substituir a luta de classe por qualquer outra coisa é abandona os interesses da classe operária.

Será a ecologia o socialismo moderno?

Este é outra questão a ser comentada antes do desenvolvimentismo do tema principal. A “ecologia” como defesa da preservação da natureza é uma tautologia. Não existe na superfície deste planeta um local que não tenha sido modificado pela influência da ação humana.

Não duvidas que a destruição ou empobrecimento de informações, especies de flora e fauna de ecossistemas não interessa a classe trabalhadora. Todavia, a possibilidade desta não poder ser colocada como empecilho ao desenvolvimentismo da humanidade, e atendimento das necessidades de nossa espécie.

Como citado anteriormente, o planeta foi transformado pelo, assim como por outras espécies, a exemplo dos cupins. Sendo esta transformação salutar a algumas espécies e a outras não.

A questão não é continuidade ou não da ação humana na Terra, essa é imposta pela existência de mais 8 bilhões de seres humanos. Mas aos quais interesses que regem esta ação, ou seja, quem controlar nossos sistemas de produção.

Espantar-me a simpatia superior de alguns com animais não humanos, do que com aqueles da sua espécie. É comum, membros da burguesia e pequeno burguesia, não ver aqueles das classes trabalhadoras como semelhantes.

A importância do petróleo e gás natural

Atualmente a matriz energética brasileira é composta por apenas 16,7% de fontes não renováveis baseadas em carbono. Sendo 3% de derivados de petróleo, 12.8% de gás natural e 3,9% de carvão e derivados.

Isto ocorre em razão do Brasil dispor de considerável fonte hidroelétrica, correspondente a 56,8% da nossa matriz. E em razão da baixa demanda, decorrente do baixo desenvolvimento industrial. A título de exemplo, toda demanda interna da América Latina corresponde a apenas 3,9% da demanda energética mundial.

No cenário mundial a dependência energética ao petróleo escala. Mundialmente, 80,7% da demanda energética é de fontes não renováveis baseadas em carbono. Sendo, 30,9% de derivados de petróleo, 23,2% de gás natural e 26,8% de carvão e derivados.

Isto colocar mais da metade da demanda energética mundial dependente diretamente do petróleo e gás natural.  Com a atual configuração do atual do Brics, este dominaria 80% das reservas de petróleo mundial, diretamente quase um terço da matriz energética global.

Há uma mudança na matriz energética no horizonte próximo?

Como demonstrado anteriormente, hoje, com a exceção de poucos países, que a exemplo do Brasil, tem características ambientais favoráveis ao atendimento de partes expressivas de sua demanda energética atual, independente do petróleo, o restante tem sua sociedade em grande escala dependente energeticamente do petróleo e gás.

Para as nações desenvolvidas, uma fonte alternativa capaz de atende a alta demanda, e por isso bastante utilizada, é a fissão nuclear. Entretanto, esta produz resíduos com alta complexidade de descarte, e em razão dos requisitos de segurança, requer alto investimento na implantação.

Uma alternativa a fissão nuclear seria a fusão nuclear, tendo as seguintes vantagens:

  • Parte dos combustíveis desta obtenção mais fácil;
  • Menor emissão de radiações, estando em patamares ambientais normais;
  • Maior controle do processo nuclear;
  • Custos menores em segurança;
  • Menor produção de resíduos em comparação com a fissão;
  • Resíduos de descarte mais simples que os da fissão;
  • Obtenção de outros combustíveis dos resíduos.

A fissão é estudada extensivamente, tendo apresentado resultados bastantes promissores nas últimas três décadas, com certa estabilidade e ocorrência do efeito Cherenkov. Entretanto, é pouco provável que se tenha um desenvolvimento comercial da mesma nas próximas duas décadas, e muito menos que após atingir este patamar a tecnologia seja acessível à maioria dos países.

Portanto, dificilmente nas próximas quatro ou cinco décadas teremos uma mudança significativa na matriz energética mundial. Estando, até lá, a industrial em sua maioria dependente do petróleo, gás e carvão.

Reprodução do imperialismo

Seja no apoio as políticas identitárias ou as campanhas “ecológicas”, no geral vemos uma voz comum na maioria da esquerda. O problema é a origem dessa voz, o tema desse canto sempre é dado pelo imperialismo, servindo aos interesses deste.

O que desnuda essa campanha é a harmonia das vozes da esquerda com a grande imprensa burguesa nacional e internacional. Temos um verdadeiro coro misto, com naipes da extrema-direita a esquerda pequeno burguesa, regido a mãos de ferro pelo imperialismo.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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