Editorial do Zona do Agrião
Os jogos das oitavas-de-final da Copa do Brasil foram a comprovação da superioridade do futebol brasileiro. Aqui, não se trata de uma liga de dois, três, quatro times, como na Alemanha, onde o Bayern ganha 11 campeonatos seguidos. No Brasil, o país do futebol, todos os times são bons e todos os jogos são difíceis.
Por exemplo, o Sport, que é o 9º colocado da Série da B, venceu o São Paulo, 3º da Série A, por 3 x 1 em pleno Morumbi e levou para a disputa de pênaltis. Aliás, foram oito jogos e cinco partidas definidas nos pênaltis — e nenhuma delas com jogos burocráticos de 0 x 0, como na Europa. Isso porque é extremamente disputado. Não existe o “já ganhou”.
Na ida, o Atlético, em Belo Horizonte, venceu o Corinthians por 2 x 0. O técnico argentino do Galo, Coudet, entrou sem o melhor jogador do time, Hulk, no jogo da volta. Ele não entende o que é o futebol brasileiro. Em Itaquera, o Corinthians venceu pelo mesmo placar e nos pênaltis eliminou o clube mineiro.
O Internacional perdeu por 2 x 0 o jogo de ida contra o América-MG, um azarão na competição, em má fase. Em Porto Alegre, o Colorado marcou 3 x 0, mas sofreu um gol no segundo tempo. A partida foi para os pênaltis e o Coelho azarão eliminou o Colorado.
Em Salvador, o Bahia começou na frente e o Santos empatou nos últimos minutos, levando para os pênaltis.
O líder do Campeonato Brasileiro, Botafogo, na primeira partida, estava vencendo o Athletico-PR por 2 x 0 no Paraná. O time da casa virou para 3 x 2 no segundo tempo. No Rio de Janeiro, o Botafogo superou o jogo truncado dos sulistas e venceu por 1 x 0, levando para os pênaltis.
Flamengo e Fluminense fizeram dois grandes clássicos no Maracanã. E assim segue…
Enfim, foram em sua maioria partidas emocionantes, de alta qualidade, coisa que não se vê fora do Brasil. Além da qualidade técnica, é uma competitividade que não existe fora do País.
Podem sugar nossos maiores craques, nós somos uma máquina de produzir grandes jogadores. Um dia, o dinheiro europeu acabará, nossa arte no futebol não! Viva o futebol brasileiro!