No ano de 2016, a retirada da ex-presidenta Dilma Rousseff iniciava um reinado de terror para a classe operária. O golpe de estado encabeçado por Washington, apoiado pela imprensa venal, a extrema-direita e até mesmo a esquerda pequena-burguesa, teve como produto uma catástrofe social, todas as reformas realizadas anteriormente que garantia algum direito ao trabalhador, foram brutalmente esmagadas. A reforma trabalhista foi o maior golpe da burguesia, implementado pelo ex-vice-presidente Michel Temer (MDB), que assumiu o poder em 2017.
Uma das medidas adotadas pela reforma hostil ao povo brasileiro, foi a extinção do imposto sindical, dinheiro arrecadado pelos trabalhadores para a conquista de melhores condições para a classe de conjunto. Em 5 anos, segundo dados Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados no Portal 360, consequentemente os sindicatos, federações e as centrais sindicais deixaram de arrecadar quase R$3 bilhões de reais. Em 2022, o total arrecadado foi de apenas $58,1 milhões, ou seja, uma queda de 98%.
Os seis anos após o golpe de estado de Temer e Bolsonaro, provaram que o cálculo da esquerda pequeno-burguesa, como o PSTU e as movimentações golpistas de 2013, financiado por ONGS ligadas a CIA, como apontamos nesse Diário, resultaram em uma perda completa de direitos políticos. Na época os partidos que ficaram contra o PT (Partido dos Trabalhadores), comparavam o governo petista aos governos da burguesia, pela característica típica de governos de tipo nacionalista de fazer alianças com setores políticos nefastos. Ao errar na caracterização do governo e adotar uma política em conjunto com a direita, concretamente, a esquerda golpista apoiou um processo inconsequente que resultou na total decomposição das indústrias nacionais, e uma intensificação do modelo econômico neoliberal, resultando em medidas que até os dias de hoje não foram revertidas.
As consequências do golpe são ainda sentidas pela população, porém a esquerda brasileira não aproveitou as lições que o processo político expôs e estão repetindo uma campanha anti-petista. Hoje, sobre a forma da campanha política da mulher negra no STF, pautas ambientais e outras sabotagens, todas financiadas por organizações não governamentais, as famigeradas ONGS, ligadas aos Estados Unidos da América. É necessário uma campanha intensa contra o avanço do golpismo no Brasil, pois os resultados vão recair sobre a classe trabalhadora e nos momentos de reação, a esquerda que se coloca à esquerda do PT, não reage, pelo contrário, simplesmente desaparece, demonstrando uma política inócua, infantil e, principalmente, hostil a classe operária.
