Em uma declaração digna de um verdadeiro capacho do imperialismo e que tenta de todas as formas manter o país sem desenvolvimento econômico e social e para sempre subserviente aos interesses do governo norte-americano, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, em jornal da burguesia internacional, o Financial Times, defendeu a criação de um teto para exploração de petróleo no Brasil.
“Uma questão que terá de ser enfrentada é a questão dos limites, um teto para a exploração de petróleo. É um debate que não é fácil, mas que os países produtores de petróleo terão de enfrentar”, disse Marina em uma entrevista ao jornal do imperialismo, publicada nesta terça-feira (26). Ainda segundo ela, “a segurança energética é necessária, mas também devemos pensar na transição. Ambas as coisas devem acontecer”.
Não é segredo para ninguém que Marina Silva é uma funcionária do George Soros dentro do governo brasileiro; pior, em um cargo importante, que coloca em risco todo o desenvolvimento econômico e produtivo do país. A questão climática e relativa ao meio ambiente é uma política que a burguesia e o imperialismo utilizam para proibir, barrar ou estancar o desenvolvimento de países atrasados em todo planeta. Marina aqui no Brasil é a principal cabeça desse joguete para atacar a independência e a soberania nacional.
“O Brasil é um produtor de petróleo. Esse é um debate que terá que ser feito, mesmo no contexto de guerras. Estamos comprometidos com a meta de triplicar a energia renovável. Mas tudo isso não pode ser feito se não discutirmos a questão dos limites à exploração”, ressaltou a ministra.
A princípio Marina Silva tentou se utilizar do Ibama, que é um órgão submetido à sua pasta no governo, para fazer com que pesquisas da Petrobrás em busca de petróleo na margem equatorial não acontecessem. Para os “defensores do meio ambiente”, a perfuração da região poderia acarretar em vazamento, afetando toda a vida marinha e da população, que depende da pesca local para sobreviver. A direção da Petrobras garantiu ser a empresa mais sofisticada em termos de exploração marítima e que nunca houve um vazamento.
O presidente Lula, desde os primeiros anúncios da Petrobrás e seu interesse na região, tem apoiado e defendido a exploração do petróleo. Por outro lado, também vimos uma intensa campanha da imprensa golpista ligada ao imperialismo, falando de aquecimento global e defendendo com unhas e dentes as falas contrárias ao governo da Marina Silva. No entanto, os países imperialistas enfrentam dificuldades em barrar o governo Lula de promover a exploração do petróleo nacional.
Nesse sentido, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou neste sábado (23) que a estatal brasileira deu início à perfuração de um poço na bacia Potiguar na margem equatorial. Através de sua conta no X, Prates comemorou: É com muita alegria que informo que foi iniciada, nessa manhã, a perfuração do poço 3-RNS-160 [denominação corrigida], Pitu Oeste, na Bacia Potiguar, Margem Equatorial Brasil. Broca no fundo! Dedos cruzados! O futuro já começou! A PETROBRAS VOLTOU”.
A exploração na bacia Potiguar é o caminho para que a Petrobrás obtenha a licença para a pesquisa da Foz do Amazonas, próxima ao Amapá e Pará. Prates falou ainda sobre outro poço que será perfurado na bacia. “O outro poço programado é o Anhanguá, que fica a aproximadamente 80 km da costa, e o início dependerá da duração de Pitu Oeste. Utilizaremos a mesma sonda”, afirmou.
Seguindo esse ritmo, o Ministério de Minas e Energia anunciou que pretende ampliar a produção de petróleo de 3 milhões de barris por dia para 5,4 milhões até o final da década. Se concretizada a exploração na Foz do Amazonas esses números podem ser significativamente maiores. Sem falar em toda a estrutura logística, desenvolvimento econômico e social para a região norte do país.
O recado que Marina Silva tentou repassar a seus patrões através dessa entrevista, versando sobre o “teto de exploração” é de que ela continuará tentando barrar a exploração do petróleo brasileiro. Mais uma invenção para contrariar as expectativas do governo. No entanto, essa declaração da Ministra é uma capitulação completa diante de seu fracasso em suas primeiras tentativas. Se o atual governo continuar nessa toada é possível, quem sabe, uma exploração cada vez mais intensa dos recursos naturais brasileiros na região.