Na terça-feira (7), a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou uma resolução de censura à deputada Rashida Tlaib alegando disseminação de “narrativas falsas” sobre a guerra de libertação nacional na Palestina. Ela é a única deputada dos EUA que é descendente de palestinos e tem a causa palestina como uma de suas principais.
A resolução foi apresentada pelo deputado Rich McCormick, Republicano, e foi aprovada com 234 votos a favor e 188 votos contra. McCormick criticou Tlaib por “promover narrativas falsas” sobre os eventos de 7 de outubro e por “pedir a destruição do estado de Israel”, conforme o texto.
Essa resolução espelha a tentativa da deputada Marjorie Taylor Greene de censurar Tlaib por ser pró-palestina, mas esta foi bloqueada na Câmara na semana passada devido a quase 20 republicanos da Câmara se juntarem aos democratas impedindo a maioria. O crescimento da crise em “Israel” no entanto, parece ter mudado essa conjuntura a favor da censura.
Greene apresentou a resolução em 26 de outubro, acusando Tlaib de “atividade antissemita, simpatia por organizações terroristas e liderança de uma insurreição no Complexo do Capitólio dos EUA”. Tlaib chamou a resolução de “profundamente islamofóbica” e acrescentou: “Continuarei trabalhando por uma paz justa e duradoura que respeite os direitos humanos e a dignidade de todas as pessoas e garanta que ninguém, nenhuma criança, tenha que sofrer ou viver com medo da violência.”