Aconteceu neste domingo, dia 4 de junho, a Conferência Estadual dos Comitês de Luta de São Paulo. A atividade, realizada no Centro Cultural Benjamin Perret, reuniu os participantes dos Comitês de Luta, além dos militantes e ativistas do movimento político de São Paulo. Na mesa, estiveram presentes Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária, Antônio Carlos, da direção nacional do Partido da Causa Operária e coordenador da Corrente Sindical. Também estiveram presentes Nivaldo Olandi, do Comitê de Luta de Embu das Artes, e Lilian Miranda, do Comitê de Luta de Marília.
A mesa foi iniciada com um debate conduzido pelo companheiro Rui Costa Pimenta, que apresentou a importância da organização da 3º Conferência Nacional dos Comitês de Luta, a ser realizada no próximo fim de semana, nos dias 9, 10 e 11 de junho. Rui Costa Pimenta abordou brevemente a situação política atual, destacou a relevância do sucesso dessa conferência nacional e ressaltou a importância de os anfitriões de São Paulo garantirem o bom andamento dessa atividade.
Rui destacou. “É crucial discutir a relevância da Conferência Nacional no contexto político atual. É preocupante observar que a liderança da CUT, do PT e do MST não está enfatizando a importância de orientações mais conscientes diante dos desafios enfrentados. Isso pode prejudicar um plano efetivo de mobilização dos trabalhadores. É essencial reconhecer que o governo do PT e suas organizações afiliadas estão repetindo um erro grave, o qual cometeram nos governos anteriores. Eles estão perdendo a oportunidade de envolver os trabalhadores e torná-los participantes ativos da política nacional.
A falta de percepção desse perigo é talvez a característica mais negativa dos governos do PT. Eles nunca convocaram os trabalhadores para intervir na situação política nacional. No entanto, é fundamental entender que mobilizar os trabalhadores não é uma tarefa simples, não se pode esperar que seja fácil como estalar os dedos. No entanto, é necessário começar a agir de alguma forma nesse sentido.
Gostaria de destacar um aspecto frequentemente mal compreendido em relação à mobilização popular. A mobilização popular é um problema de consciência. Ou seja, a percepção das massas em relação à situação política determina se elas irão intervir ou não. À medida que as massas adquirem experiência política por meio de manifestações, essa consciência vai se desenvolvendo e a situação política se transforma. A consciência é um dos mecanismos fundamentais para a mobilização.”
O companheiro Antônio Carlos abordou questões organizativas do evento. Com mais de duas mil pessoas confirmadas e caravanas vindas de todo o país, é fundamental contar com uma equipe militante dedicada para o sucesso organizativo dessa conferência. Por essa razão, foram apresentados grupos de trabalho nos quais os ativistas poderão participar e contribuir para o evento.
A 3º Conferência Nacional dos Comitês de Luta tende a ser um momento significativo para a mobilização e organização do movimento. Com a presença de líderes importantes e a participação de ativistas de todo o país, espera-se que o evento seja um marco no desenvolvimento da luta popular neste próximo período.