Genocídio imperialista

Como o imperialismo agiu durante a guerra na Bósnia

Nesse momento o alvo é a Rússia, porém as estratégias das guerras por procuração são as mesmas

Mais um capítulo das guerras por procuração do imperialismo contra países atrasados está sendo desvendado. Em matéria publicada pelo The Grayzone no final do ano passado mostra que a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e CIA (Central de Inteligência Americana) agia para enviar armas e mercenários, criar bandeiras falsas e planejar atrocidades durante a guerra na Bósnia pela independência entre 1992 e 1995. 

Em 2022 completou-se 30 anos do genocidio causado pelo imperialismo na Bósnia. A Bósnia fazia parte da República Federal da Iugoslávia, juntamente com Eslovênia, Croácia, Montenegro e Macedônia. A Sérvia era a maior em território e população e força política na região, e a Bósnia Herzegovina a segunda maior. O saldo da guerra, além da destruição material, foi de milhares de mortos, as estimativas falam de 150.000 a 200.000 mortos e envolveu os três principais grupos étnicos que existiam na região: croatas, sérvios e bósnios.

As informações dão conta de que os EUA lançaram as bases para a guerra na Bósnia, sabotando um acordo de paz negociado pela Comunidade Européia no início de 1992.Ao longo dos últimos meses de 1993, eles lançaram inúmeros bombardeios em território sérvio em toda a Bósnia, violando o cessar-fogo. Em relatório da Força de Proteção da ONU, afirma que Washington queria que a Iugoslávia fosse reduzida a escombros e planejava subjugar violentamente os sérvios, prolongando a guerra o máximo possível.

A tática foi criar uma falsa acusação de que a Sérvia estava atacando a população de origem albanesa no território do Kosovo, que fazia parte da Sérvia. Os Estados Unidos, no governo de Bill Clinton, alegaram que isso era inadmissível, que um governo atacasse outras etnias dentro de seu próprio território. Isso eles não iriam admitir. Os sérvios foram obrigados a aceitar uma série de exigências humilhantes nas mesas de negociação com os EUA.

O envio de mercenários também foi prática comum para acirrar o conflito e dar a entender para a imprensa imperialista de que civis estavam sendo atacados. Um telegrama da UNPROFOR (Força de Proteção da ONU) de 13 de setembro de 1993 observou que em Sarajevo, “as forças muçulmanas continuam a se infiltrar na área do Monte Igman e a bombardear as posições do BSA [Exército Sérvio da Bósnia] ao redor da cidade diariamente”, sendo o “objetivo avaliado” “aumentar a simpatia ocidental provocando um incidente e culpando os sérvios.”

A matéria investigativa escrita por Kit Klarenberg e Tom Secker em 30 de dezembro de 2022, traz essas e outras graves denúncias de como a imprensa e o imperialismo matam pessoas e destroem países para alcançar seus interesses. Neste momento o alvo desses carniceiros é a Rússia e está usando a Ucrânia como bucha de canhão para causar o conflito e a comoção pública contra o gigante asiático. A estratégia é a mesma: mercenários nazistas, bandeiras falsas, remessas de armas e dinheiro para sustentar mais uma guerra por procuração. 

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