O Carnaval, que é uma festa popular, além de uma expressão artística, tem um cunho extremamente político. A história recente comprova. Foi nas últimas edições, como durante a pandemia, em que o grito de descontentamento ecoava e se ouvia por todo o Brasil a famosa frase “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”. Por isso o empenho da burguesia em coibir que os blocos saiam às ruas para festejar e se expressar.
É preciso enfrentar a burocracia para se festejar. “A formalização, o pedido de um evento ao órgão público, no caso em específico à prefeitura, que é a municipalidade, tem todas as suas leis próprias e específicas para autorizar ou não. Caso autorizando, o município também tem as suas responsabilidades. Se faz o pedido, comunica o pedido, se diz quais são as expectativas desse pedido, quantas pessoas, o local, a iluminação, o equipamento, a segurança e, por sua vez, havendo essa comunicação formal, o município fica como corresponsável”, explicou Vanilo.
A prefeitura deve é ajudar os foliões com dinheiro e estrutura de primeiros socorros, não atirar contra a multidão como ocorreu em Fortaleza.
Neste ano a folia já começou, o que é o pré-carnaval em muitos estados e municípios do país. Um exemplo é o carnaval de rua em Fortaleza. Os guardas municipais começaram a atirar para a multidão, alegaram que tinha muitas pessoas em um mesmo lugar, um absurdo, é uma brutal repressão contra o povo.
A burguesia reprime o Carnaval pois sabe que é um momento em que a expressão popular toma um caráter político, daí o grande empenho em coibir os blocos que se espalham pela cidade. Existe uma grande campanha também na imprensa. Inventam que se faz muita sujeira, que é preciso que se tenha um “carnaval sustentável”. Como se uma festa popular fosse alterar o clima do Planeta.
Carnaval é tradição, assim como o futebol. É preciso que o povo tenha direito de se expressar contra o poder estabelecido e também expressar seus anseios através de uma festa bastante esperada e comemorada em todo o País.