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Revolução colorida?

Colômbia tem primeira grande manifestação contra governo Petro

Os protestos contra a reforma tributária proposta pelo presidente Gustavo Petro vem escalando nos últimos dias, uma clara armação da direita que não quer reformas

Manifestação contra Petro

Milhares de manifestantes protestaram nesta terça-feira (20) nas capitais da Colômbia contra as reformas promovidas pelo governo do ‘esquerdista’ de Gustavo Petro, que sem maioria governista enfrenta obstáculos no Congresso e uma investida do imperialismo.

Vestidos de branco e agitando bandeiras do país, os manifestantes tomaram as ruas da capital, Bogotá e outras capitais regionais, em desprezo aos projetos de aumento da intervenção do Estado nos sistemas trabalhistas, de pensões e saúde.

“Vão destruir a aposentadoria e a saúde. Tem sido um governo cego, surdo e mudo (…) Vejo que vive em um avião poluindo o meio ambiente que tanto o preocupa”, disse à imprensa a senadora de extrema-direita, María Fernanda Cabal, em meio à manifestação em Cali.

De acordo com as autoridades locais, milhares de pessoas estão protestando em todo o país, opondo-se à chamada política de “Paz Total”, na qual o governo buscava desarmar organizações ilegais em troca de tratamento preferencial para o crime, e outras reformas que não conseguiram votos suficientes na legislatura.

Petro “improvisou muito e, em vez de querer melhorar o que funciona, quer acabar com tudo o que existia. Há muito para melhorar, mas há muitas coisas boas que não têm que acabar”, disse à AFP Gloria Huertas, de 59 anos, em meio a cerca de 30 mil pessoas que protestaram no centro da capital colombiana.

Petro, que está no poder desde agosto, pressionado pela situação social em que vive a Colômbia, apresentou aos legisladores projetos para reduzir a participação privada no sistema de saúde, redistribuir terras improdutivas, reformar as leis trabalhistas, a previdência social e o sistema judicial; propostas mais direitistas como desarmar organizações ilegais e fazer a transição do país para energias limpas, mas não obteve de voto suficientes, pois o que preocupa a burguesia não quer fazer concessões para políticas públicas, ainda que mínimas

Os partidos ortodoxos que o apoiaram desde o início de seu mandato começaram a virar-lhe as costas. O presidente também enfrenta um dos piores escândalos políticos do governo, já que está sob investigação por escutas telefônicas ilegais e corrupção no financiamento da campanha presidencial. Uma das táticas da direita, quando quer derrubar um governo ou domesticá-lo, é fazer ‘investigações’ sobre corrupção.

O autoproclamado “governo da mudança” foi criticado por usar práticas políticas ultrapassadas. Segundo pesquisa do Invamer, seu índice de aprovação desceu de 50% em novembro para 34% em maio. O uso das pesquisas é outra tática da burguesia para controlar os governos, pois os institutos de pesquisa estão a serviço de interesses maiores.

“Há algumas passeatas contra o governo. Nosso maior dever é cuidar delas. Esta é a expressão do espírito democrático, que aqui possam se expressar como quiserem”, declarou Petro durante a cerimônia de posse do novo diretor da polícia, general William Salamanca.

A “Marcha da Maioria” feita por eles, foi convocada por partidos de oposição, veteranos e policiais. Durante o longo conflito interno, as agências policiais conhecidas por combater a guerrilha não foram ouvidas publicamente na política colombiana. No entanto, a situação mudou quando oponentes de esquerda e ex-rebeldes chegaram ao poder.

Gustavo Petro foi eleito em uma eleição conturbada. Apesar de ser muito moderado, costumam tratá-lo como ex-guerrilheiro, mas sua participação na guerrilha se deu em sua juventude e por um período muito curto.

Existe muita polarização social na Colômbia, o país é dominado pelo imperialismo americano e bastou Petro ceder minimamente para a pressão popular que já querem sacá-lo do poder, o que demonstra que a burguesia quer ir para o confronto.

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