No último dia 18 de junho, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, desembarcou em Pequim para uma série de reuniões com diplomatas chineses. O encontro teria como objetivo declarado reduzir a tensão entre as duas maiores economias do mundo e evitar que as disputas entre o imperialismo e o gigante asiático se transformem em um conflito maior, o que na visão de Washington, deve ocorrer sob os termos mais interessantes ao imperialismo, que nada quer para o gigante asiático exceto sua total submissão.
Com as relações cada vez mais deterioradas entre os EUA e a China, há cinco anos um secretário de Estado norte-americano não visitava o país. Apesar da aparente disposição para o diálogo, a política do governo americano desenvolve-se no sentido de aprofundar o conflito com os chineses, muito mais do que distensioná-los.
Recentemente, a presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, fez uma visita oficial à ilha de Taiwan, em uma clara provocação contra a China, que acertadamente, não aceita qualquer agitação em torno da divisão do país e de uma eventual independência da ilha. Na ocasião, Nancy Pelosi declarou que a sua visita “honra o compromisso inabalável dos Estados Unidos em apoiar a vibrante democracia de Taiwan”.
Além disso, os Estados Unidos iniciaram uma proposta de construção de fábricas de munições na Índia, a fim de aumentar o estoque norte-americano de armamentos, que com a guerra da Otan contra a Rússia, estão se esgotando muito rapidamente. Com isso, o imperialismo prepara-se também para um possível conflito com a China, nas palavras de Robinder Sachdev, presidente do think tank Imagindia Institute, em comentário sobre a visita próxima do primeiro-ministro indiano ao presidente norte-americano, Joe Biden:
“Ele precisa reabastecer os estoques de muitos países da Otan, porque muitas de suas munições americanas foram enviadas para a Ucrânia. Ele precisa enviar armas e munição para abastecer Taiwan. Além disso, precisa aumentar seus próprios estoques para se preparar para um conflito com a China nos próximos cinco a sete anos”.
Como ações dizem mais do que gestos, os fatos tornam evidente que não é uma relação amistosa e harmônica o que buscam os representantes do imperialismo norte-americano, mas o exato oposto: a destruição da China. Trata-se de manter a expropriação, custe o que custar, das demais nações atrasadas do planeta.