A diplomacia chinesa emitiu um comunicado na segunda-feira (24) sobre o avanço militar da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na região da Ásia-Pacífico. Segundo os chineses, a expansão da OTAN para leste viola as disposições da Carta da ONU sobre acordos regionais e o desenvolvimento de relações internacionais amigáveis, o que introduz fatores destrutivos na segurança regional e global.
“A OTAN está se posicionando como uma organização regional, mas está destruindo os limites autoimpostos de seu alcance geográfico. A OTAN afirma ser uma aliança defensiva, mas incentiva constantemente seus membros a aumentar os gastos militares e a expandir os limites de seu poder”, disse o comunicado.
A organização que supostamente serviria para conter os avanços da antiga União Soviética ultrapassa essa tarefa de forma exponencial. Inicialmente formada por 12 países, hoje a OTAN conta com mais de 30 países e alicia nações de outro continente, mostrando a verdadeira natureza desse bloco bélico, dedicado a policiar e submeter os países atrasados, enquanto gera conflitos ao redor do globo.
“Já estamos em conversações, mas os detalhes ainda não foram finalizados”, disse na época Yoshimasa Hayashi, ministro japonês das Relações Exteriores.
Esse expansionismo preocupa não apenas na China, mas qualquer país oprimido pelo imperialismo. Em meio a uma crise de características inéditas, marcando um ponto de inflexão na história moderna, os países de desenvolvimento avançado se encontram sem alternativas, exceto aumentar a rapina das nações atrasadas.
Neste cenário de caos originado pelo avanço da crise capitalista, os países atrasados se rebelam contra os desenvolvidos, obrigando este segundo grupo a reforçar sua principal arma de persuasão: é a própria força militar combinada dos países mais poderosos, organizada na OTAN. Daí a necessidade dos setores mais conscientes da sociedade apoiarem as nações em conflito aberto com o imperialismo, caso da Rússia e ao que tudo indica, em breve também a China.