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EUA tenta calar jornalistas

Censura por procuração contra o Grayzone nos EUA

O site de arrecadação Gofundme resolveu sem nenhum motivo bloquear os recursos de doações feitas para o Gray Zone, cerca de 90 mil dólares.

Para tentar disfarçar a censura por partes dos governos ligados ao imperialismo americano, seus operadores estão agora agindo de forma anônima.

As redes sociais e todas as empresas fornecem algum tipo de serviço pela rede mundial de computadores tem em suas entranhas o algoritmo que filtra determinados assuntos, dando mais destaque aqueles que são considerados “inofensivos” ou que tem algum interesse comercial ou ainda aqueles de interesse direto dos governos, isso parece já ser algo de pleno conhecimento maioria das pessoas. Assuntos como comunismo, revolução, materialismo histórico, etc., estão bem, no fundo do baú, quase na chamada deep web.

Além desses, alguns temas perturbadores para o governo americano ou para os seus aliados, como a guerra da Ucrânia. Para convencer a população dos EUA e do mundo que a Rússia invadiu a Ucrânia para tomar para si o território ucraniano, usaram todo o aparado de governo, bem como o controle e a influência que tem sobre todos os órgãos de comunicação, jornais, televisão, rádio e internet.

O sítio jornalístico The Grayzone se deparou com um problema que revela a forma de agir do imperialismo para calar as vozes discordantes. O sítio de arrecadação Gofundme resolveu, sem nenhum motivo declarado, bloquear os recursos de doações feitas para o portal informativo, que totalizavam cerca de 90 mil dólares.

Outras instituições como o Paypal já haviam bloqueado pagamentos ao The Grayzone anteriormente. O Gofundme alegou preocupações externas, sem explicar quais seriam e bloquearam o dinheiro de contribuições de mais 1.100 simpatizantes, em uma clara tentativa de asfixia financeira do órgão de imprensa.

Essas plataformas digitais são organizações comerciais e não ligam para a origem e o destino do dinheiro, de onde se conclui que a ordem para bloqueio veio de fora, ou seja, de instrumentos do imperialismo capazes de pressionar e assustar as plataformas de pagamento. A constituição americana, em sua primeira emenda, proíbe que o governo dos Estados Unidos censure a liberdade de expressão, mas isso não impediu o ataque ao sítio por meio de empresas do setor privado que no fim das contas estão a serviço dos grandes monopólios existentes em seu território e fora dele.

Não apenas as redes sociais, que cada vez mais censuram o conteúdo produzido por seus usuários, mas também as empresas de tecnologia que realizam transações financeiras estão bloqueando indivíduos e organizações políticas e jornalísticas, impedindo que seus apoiadores sustentem suas atividades.

A desculpa jurídica é a de que instituições privadas podem definir seus próprios termos de uso e não têm a mesma responsabilidade que o governo norte-americano porque, finalmente, seus usuários poderiam buscar outras plataformas. Na prática, o caráter monopolista desses setores mostra que essa busca na “concorrência” é muito difícil.

Tudo isso soma-se ao fato de que é o governo norte-americano atuando por trás dessas empresas para censurarem dissidentes.

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