Na segunda-feira (28), Emmanuel Macron, presidente da França, anunciou, durante discurso anual aos embaixadores franceses em Paris, que o país quer aderir à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que reúne os oito países amazônicos: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, República da Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
E qual seria o brilhante argumento do presidente francês para que um país localizado do outro lado do Atlântico, de clima temperado oceânico e de vegetação predominantemente composta por florestas temperadas; pudesse entrar em uma organização como a OTCA? A Guiana Francesa! Uma colônia da França que faz fronteira com o Brasil.
“Declaro solenemente que a França é candidata a participar da OTCA e a desempenhar um papel pleno nela, com uma representação associando estreitamente a Guiana Francesa”, disse o vigarista.
O presidente francês ainda disse que deseja que “o Brasil e todas as potências da região sejam capazes de aceitar” a sua exigência de candidatura e “permitirem a integração”, acrescentando que a França é “uma potência amazônica através da Guiana”.
O que Macron esconde por trás de sua aparente idiotice é o desejo de roubar todas as riquezas da Amazônia para a França e, no geral, para todos os países imperialistas. Ele está tentando, por todos os meios possíveis – como, por exemplo, por meio dos BRICS -, se juntar aos países que seu país oprime, como se fosse um amigo dos pobres. É, nesse sentido, um lobo em pele de cordeiro.