Sem estabelecer prazos definidos, o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, afirmou a persistência do objetivo de promover o dólar dos EUA como a moeda oficial do país, destacando a significativa desvalorização do peso ocorrida ao longo da semana. Javier Milei, presidente da Argentina, mantém a intenção de eliminar o peso argentino após uma drástica desvalorização como parte de uma abordagem inicial de terapia de choque, conforme indicado pelo ministro em uma entrevista ao jornal argentino La Nación, publicada em 15 de dezembro.
Caputo, ao se abster de fornecer um cronograma para a completa descontinuidade do peso, reconheceu que a medida exigirá um período considerável. Ele enfatizou que o presidente sempre defendeu a dolarização e o encerramento do banco central, as quais continuam sendo prioridades.
A taxa de câmbio não oficial conhecida como contação com liquidação (CCL), que reflete o valor que os argentinos podem obter no mercado negro, estava em 365 pesos por dólar antes do anúncio de Caputo, atingindo 800 após a declaração e chegando a aproximadamente 1.040 pesos por dólar em 14 de dezembro. Isso resultou em aumentos significativos nos preços de produtos e serviços no país.
Após o corte inicial, Caputo reiterou que a taxa oficial será reduzida em 2% a cada mês daqui para frente. O novo governo busca alinhar a taxa oficial com as observadas nos mercados paralelos, visando conter a inflação reprimida e evitar que as expectativas de ganhos mensais de preços ultrapassem 20%, declarou o ministro da Economia argentino. Em novembro, a inflação mensal na Argentina atingiu quase 13%, acumulando quase 161% em termos anuais.





