Nessa quarta-feira (27), matéria publicada na revista eletrônica Consultor Jurídico expõe a relação espúria entre a imprensa burguês e a Operação Lava-Jato e seus agentes.
Conforme relatado pela redação da revista, em uma das conversas registradas no âmbito da chamada “Vaza Jato”, foi revelado que Conrado Hübner, então colunista do jornal O Globo, consultou ao menos uma vez os procuradores da Lava Jato antes de escrever/publicar suas matérias, tirando dúvidas e informando o que iria publicar.
No caso específico, em mensagem vazada, o Procurador Paulo Roberto Galvão de Carvalho disse que passou “45 min no telefone com o Conrado Hubner”, e que o colunista “tirou todas as dúvidas, entendeu bastante, mas dois pontos ele vai fazer “críticas construtivas”, embora eu tenha dito que são detalhes que não desnaturam a importância da fundação: o assento na gestão e a sede em Critiba. Ademais disto, disse que Hübner iria “bater em CF chamar os críticos de burros e Deltan messiânico”.
Uma conversa que se junta aos inúmeros outros fatos demonstrando o quão podre e politicamente corrupta fora a operação Lava Jato.
De um lado, os procuradores forneciam informações ainda não públicas sobre sua atuação no âmbito da operação. De outro, a imprensa burguesa fazia “críticas” construtivas. Ou seja, a burguesia, utilizando um de seus representantes da imprensa golpistas, aconselhava a Lava Jato para que ela não saísse da linha.
Como informado, Conrad Hübner é atualmente colunista da Folha de S. Paulo. Ele não é estranho ao imperialismo. Em seu currículo, consta que já foi professor visitante e/ou acadêmico visitante em várias instituições do imperialismo, tais como a Universidade de Oxford, o Instituto Max Planck de Heidelberg, a Universidade de Humboldt, o Wissenchaftszenturm Berlin e a Universidade de Nova Iorque.
Para além disto, é atualmente pesquisador no Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (LAUT).
E o que é isto? É um think tank brasileiro voltado para propagar a política “democrática” do imperialismo. Conforme seu sítio, “tem como objetivo monitorar as diversas manifestações do autoritarismo e de repressão às liberdades, a fim de fundamentar a mobilização da sociedade civil e a defesa das liberdades”.
Simplificando a verborragia, tem a missão de acusar de ditatorial e autoritários os governos nacionalistas de países atrasados, que são um obstáculo à ditadura imperialista.
Além disto, ainda em sua página da internet, constata-se que essa ONG é financiada pela Ford Foundation (fachada “filantrópica” da CIA) e pela Open Society Foundations (de novo George Soros):
Somado a todos os outros, esse fato contribui para confirmar que a operação judicial se tratava de operação política, e não meramente jurídica. Que a atuação ilegal no âmbito dela não era exceção, mas regra. E mais, que era uma operação política conduzida pelo imperialismo.
Ademais disto, mostra que a caneta do colunista do Globo e da Folha de S. Paulo era guiada pela Lava Jato, além de por às claras que os ditos “especialistas” a quem a imprensa burguesa cede espaço, não são especialistas de nada, salvo em serem porta-vozes da política do imperialismo.