No próximo domingo, dia 17 de dezembro, a Praça Oswaldo Cruz será palco de mais uma atividade em defesa do povo palestino. O local, situado no centro de São Paulo, já serviu para a concentração de dois atos contra o genocídio sionista na Faixa de Gaza. Desta vez, reunirá os militantes da esquerda, ativistas da causa palestina e todos aqueles que queiram demonstrar o seu repúdio aos bombardeios israelenses, que já deixaram mais de sete mil crianças mortas.
A atividade do dia 17 de dezembro está sendo convocada pelo Partido da Causa Operária (PCO) e terá como título 7 mil crianças mortas: caminhada contra o assassinato das crianças palestinas. A atividade terá início às 9h e é aberta a todos os interessados.
A situação no Estado de “Israel” nunca esteve tão crítica. Apesar do número revoltante de palestinos assassinados – já são mais de 18 mil -, as forças armadas israelenses estão com muita dificuldade de levar adiante as suas operações por terra. Segundo o próprio governo israelense admitiu, mais de 1,5 mil soldados estão gravemente feridos após enfrentarem a resistência armada palestina. Considerando a compulsão do Estado sionista por mentir, é possível que o número real ultrapasse os 5 mil.
O fracasso das operações militares se soma ainda à insatisfação cada vez maior da população israelense com o seu governo. A cada dia que se passa, surgem mais indícios que “Israel” teria matado centenas de seus próprios cidadãos durante o 7 de Outubro. Em contraste, acumulam-se as declarações de ex-prisioneiros do Hamas que não poupam elogios aos militantes palestinos.
Não restou a “Israel” outra coisa senão promover uma enxurrada de calúnias contra os combatentes islâmicos, acusando-os, sem prova, de ter estuprado mulheres e de ter drogado prisioneiros, ao mesmo tempo em que internou compulsoriamente vários de seus próprios cidadãos em hospícios e proibiu os ex-prisioneiros de falar à imprensa. Uma clara demonstração de desespero diante da opinião pública cada vez mais desfavorável ao Estado sionista.
Em um encontro recente entre representantes do governo de Benjamin Netanyahu e familiares de prisioneiros, os últimos saíram revoltados com a conduta de seu primeiro-ministro. Em declaração a uma emissora israelense, Dani Miran, pai de um prisioneiro, classificou a reunião como “feia”, “insultante” e “bagunçada”. Miran disse ainda que “eles dizem, ‘fizemos isso, fizemos aquilo’, mas foi Sinuar [líder do Hamas] quem devolveu os reféns, não eles. Me revolta que eles digam que estão ditando as coisas, pois eles não ditaram um único movimento”.
As dificuldades de “Israel” em levar adiante a operação militar contra o Hamas em Gaza e de convencer a opinião pública mundial e a sua própria população de que o que faz é justificável estão causando crises em outros países. Os Estados Unidos, maior apoiador e financiador de “Israel”, foi recentemente obrigado a abandonar quase que completamente seu presidente fantoche da Ucrânia, Vladimir Zelensky. Agora, o presidente Joe Biden aparece em uma situação muito desfavorável nas pesquisas eleitorais para as eleições do ano que vem, que apontam uma derrota para o ex-presidente republicano Donald Trump.
A situação crítica de “Israel” faz com que uma guerra prolongada seja o pior dos cenários para o Estado sionista. Segundo órgãos da imprensa norte-americana, o secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken teria dado um ultimato de “poucas semanas” para que “Israel” “termine a guerra”.
O governo Netanyahu sabe que está sendo pressionado por todos os lados e, por isso, sabe que deverá ter pouco tempo para continuar suas ações genocidas. Por isso, o próximo período deverá contar com um nível ainda mais intenso de atrocidades israelenses: diante da pressão para “terminar a guerra” – isto é, chegar a um acordo -, Netanyahu irá matar o maior número de palestinos que conseguir.
É por isso que a mobilização em apoio ao povo palestino adquire, neste momento, um caráter ainda mais urgente. É preciso empreender todas as forças na denúncia do Estado nazista de “Israel”, de modo a impedir uma carnificina ainda mais brutal do que a que ocorreu nos últimos dois meses.
É neste sentido que o PCO convoca todos à Praça Oswaldo Cruz, no dia 17, às 9h. É preciso intensificar a mobilização e exigir o fim imediato dos bombardeios.
Palestina livre!
Fim do Estado de “Israel”!