Organizações jurídicas, sociais, sindicais e políticas europeias, latino-americanas e estadunidenses lançaram hoje na Cúpula dos Povos de Bruxelas-2023 a convocação de um Tribunal Internacional contra o Bloqueio a Cuba.
No primeiro dia do fórum dos movimentos sociais europeus, latino-americanos e caribenhos e das forças progressistas, a líder do Partido da Esquerda Europeia (PIE), Maite Mola, leu, acompanhada por cerca de vinte representantes de associações, a convocação ao Tribunal marcada para 16 e 17 de novembro nesta capital.
Segundo o recurso, a Corte pretende denunciar o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos à ilha há mais de seis décadas, política que qualifica de ilegal e desumana.
Da mesma forma, busca fortalecer o movimento contra esse cerco na Europa e nos Estados Unidos.
“Temos a certeza de que esta ação servirá para somar vozes na defesa dos direitos democráticos, da soberania e da liberdade dos povos”, sublinha o texto, assinado pela Associação Internacional de Juristas Democráticos, Grupo de Esquerda no Parlamento União Europeia, o PIE e o National Lawyers Guild dos Estados Unidos.
Da mesma forma, o Fórum de Advogados da Rede de Advogados de Esquerda Democrática da Espanha, a Conferência Nacional de Advogados dos Estados Unidos, o Movimento de Solidariedade a Cuba na Europa, organizações sindicais e associações de cubanos residentes no velho continente assinaram a iniciativa.
Os signatários denunciaram o caráter extraterritorial do bloqueio contra Cuba e a inclusão da maior das Antilhas na lista unilateral de Washington de países patrocinadores do terrorismo, o que reforça a violação do Direito Internacional da política dos Estados Unidos em relação à ilha.
Em declarações à Prensa Latina, a eurodeputada Manu Pineda anunciou que a sede do Tribunal Internacional contra o Bloqueio de Cuba será o Parlamento Europeu.
Reivindicamos esse cenário, essa instituição, que não pode estar ao serviço da reação, recordemos que a União Europeia rejeita formalmente o bloqueio e todos os seus países membros votam todos os anos na Assembleia Geral da ONU para o pôr fim, sublinhou.
Pineda considerou necessário dar um tratamento legal “àquilo que é obviamente um crime, e um crime tem que ser julgado e condenado”.
Em nome da ilha, o presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), Fernando González, agradeceu a solidariedade e a decisão de organizar o Tribunal.
Fonte: Prensa Latina