Para o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, as acusações de que Vladimir Putin seria responsável pela morte de Ievgeny Prigozhin, ex-comandante do Grupo Wagner, já se tornaram “um problema político”. A imprensa imperialista está em uma verdadeira campanha para tentar culpar o presidente russo, sem apresentar qualquer prova. O fato é que, dada a obscuridade da morte de Prigozhin, o cenário está aberto para qualquer suposição. “Podemos muito bem também acusar os serviços de inteligência dos países imperialistas”, afirmou o presidente do PCO, lembrando que o Grupo Wagner tem uma atuação destacada na África, região que está à beira de uma guerra.
A tentativa de mostrar a Rússia como um “Estado mafioso”, para Pimenta, é parte de uma imensa propaganda de guerra do imperialismo contra os russos. Ao comentar o mesmo assunto, o Comandante Robinson destacou que a campanha criminosa contra a Rússia já vem desde a Guerra da Crimeia, na década de 1850. A única novidade, para Robinson Farinazzo, seria a contestação cada vez maior das mentiras contadas pela imprensa.
Tanto Robinson quanto Rui deram essas declarações na última edição do programa Análise Internacional, que foi ao ar na última segunda-feira (28), nos canais Arte da Guerra e Diário Causa Operária.
Após discutir a morte de Prigozhin, os analistas passaram a debater a situação atual da Guerra na Ucrânia. Recentemente, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky declarou que seu país não adentrava o território russo por temer “ficar sozinho”, sem apoio dos países que hoje se dizem seus “aliados`. Para o Comandante Robinson, a Ucrânia não teria condições de avançar “com as botas no chão” no território russo. O analista militar ainda especulou que haveria uma pressão eleitoral contra Zelensky na Ucrânia. Já para o presidente do PCO, o cenário ucraniano estaria cada vez mais desfavorável, de modo que o imperialismo pode já estar colocando em marcha um “plano B”.
Da Ucrânia, Rui e Farinazzo foram diretamente para a situação nos Estados Unidos. Diante do cerco cada vez maior contra o ex-presidente Donald Trump, Rui Pimenta declarou que o mais provável é que tentem impedir sua candidatura, pois essa seria a opção mais “indolor” para o regime. Caso contrário, para impedir um novo governo Trump, o regime norte-americano precisaria fraudar as eleições ou impedir a sua posse, o que levaria a uma crise monumental.
Por fim, os entrevistados comentaram sobre a 15ª Cúpula dos BRICS, ocorrida na África do Sul. Para Farinazzo, o presidente Lula estaria “do lado certo da história”, e esse “lado certo” seria os BRICS, um bloco que vem se opondo parcialmente à ordem dos países imperialistas. Rui Pimenta ressaltou a extrema importância da última cúpula, lembrando que é a primeira que ocorre desde a Guerra da Ucrânia. Ao contrário do que acontecia antes, o encontro dos BRICS deixou de ser uma reunião entre cinco países – Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul – e se tornou um grande evento em que cerca de 40 países pediram a entrada no bloco.
O presidente do PCO ainda dedicou boa parte de sua análise à crítica da campanha cínica da imprensa contra o bloco.
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