Na semana passada, foi divulgada pela revista golpista IstoÉ a lista “Brasileiros do Ano”, que escancara os mais vendidos do País, os verdadeiros serviçais do imperialismo. Para a revista, o prêmio de Brasileiro do Ano vai para o ministro e atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que virou uma celebridade, como se fosse um baluarte da defesa da democracia.
Barroso assumiu o posto de presidente do STF recentemente, após a aposentadoria de Rosa Weber. Tudo isso, é claro, em meio a uma gigantesca propaganda da imprensa golpista e que contou, em grande medida, com aplausos da esquerda pequeno-burguesa.
O mérito de Barroso é explicitado pela golpista IstoÉ após uma explanação breve sobre os episódios do 8 de janeiro, onde, de acordo com a revista, os atos “terroristas” dos bolsonaristas foram contidos pelos paladinos da justiça:
“Numa ironia da história, e como lição para os golpistas, a infâmia inédita converteu-se em uma aula de civismo e de força constitucional. Graças à ação dos ministros do STF, especialmente da ministra Rosa Weber, então presidente da Corte, e do ministro Luís Roberto Barroso, que a sucedeu, o Supremo não se dobrou e mostrou, mais uma vez, que a instituição resiste aos ataques autoritários, venham de onde vier”, disse a revista imperialista.
Na sequência, o outro paladino elogiado é ninguém mais, ninguém menos, que Flávio Dino, escolhido o Brasileiro do Ano na Segurança Pública. De fato, uma grande ironia, como diz a revista, visto que Dino já era responsável pela suposta segurança e mesmo assim permitiu ou foi conivente com a invasão dos bolsonaristas à Praça dos Três Poderes.
Dino e o STF cumprem um papel importante para a burguesia, são alguns dos principais ativistas do golpe e da política de destruição dos direitos democráticos, da perseguição política, da censura. São os responsáveis por aprovar leis repressivas contra a população e que afetam diretamente a vida dos trabalhadores.
A lista ainda possui outros nomes, mas cabe destaque para Sonia Guajajara, a Brasileira do Meio Ambiente, além de atores como Marcos Mion e Tatá Werneck.
Trata-se de um prêmio à serviço da Rede Globo, sucursal do imperialismo norte-americano e uma das principais responsáveis pelo golpe de 2016 e pela destruição da economia nacional e dos direitos dos trabalhadores. A revista IstoÉ é mais um órgão porta-voz dessa política e, como não poderia ser mais claro, enaltece as figuras mais grotescas do Brasil. São esses que irão vender o País e a nossa soberania a preço de banana, a troco de uma meia dúzia de cargos medíocres.
São os queridinhos dos Estados Unidos, os “democráticos”, os que sabotam ativamente o governo Lula e são inimigos dos trabalhadores. De forma alguma, a revista golpista poderia homenagear alguém que esteja ao lado dos trabalhadores.