Na última quarta-feira (25), 27 deputados, dentre eles Carla Zambelli, Bia Kicis e Nicolas Ferreira, todos amantes do bolsonarismo, organizaram-se para assinar uma queixa-crime contra um dos dirigentes do Partido da Causa Operária (PCO), João Jorge Caproni Pimenta. A motivação para esse pleito seria o discurso feito em um ato da Avenida Paulista, em 21 de outubro, no qual o militante defendeu a luta do povo palestino e do Hamas, que há décadas e décadas vêm sofrendo com as atrocidades cometidas pelo Estado de Israel, verdadeira máquina de extermínio. Para os deputados bolsonaristas, a defesa de João configura “apologia a terrorismo”.
Estamos diante de um ato de censura, que tem por objetivo principal intimidar os companheiros do PCO e todos aqueles que estão denunciando crimes como os cometidos pelo Estado de Israel, bem como desmoralizar a ação revolucionária dos povos oprimidos e subjugados pelo imperialismo. Essa queixa-crime faz parte de um conjunto de ações mais amplo e está relacionada a uma onda de ataques e interdições de direitistas, no Brasil, que se utilizam do aparelho de repressão do Estado, como a polícia e o Judiciário, para atacar todos aqueles que se colocam contra Israel.
Como é possível observar, a contradição está em que esses mesmos deputados de extrema-direita passaram cerca de quatro anos protestando contra o sistema ditatorial do STF de interditar a liberdade de expressão. Agora, se juntam à direita tradicional e à esquerda pequeno-burguesa ao pedirem para que a polícia prenda um dirigente político por algo que ele disse.