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Rádio Causa Operária

Bolsonaristas são a continuidade do “Tucanistão”

Saiba mais na Análise da Terça, com Rui Costa Pimente

Na última terça (1), o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, apresentou a Análise Política da 3ª – transmitida semanalmente às 12:00, no canal do YouTube da Rádio Causa Operária. Indo além da discussão do cenário político atual em sua amplitude, o foco do último programa foi a polícia.

Não poderia ser diferente, afinal, na última semana, 15 pessoas civis foram assassinadas na Bahia pelos terroristas de farda, que também levaram 19 em Guarujá (SP), incluindo uma criança e um esquizofrênico. Os vídeos perturbadores divulgados pelos próprios policiais da ROTA, em São Paulo, revelam que o objetivo é matar 60. No entanto, sobre este tema, o companheiro Rui começou a sua abordagem declarando que o assunto não deve ser tratado como algo novo, pois não é a primeira vez e não será a última que a polícia realizará uma chacina. Não se deve colocar a culpa apenas no bolsonarista Tarcísio, como bem pontuou:

“Depois do fim da ditadura militar, o estado de São Paulo teve governos do PMDB, do PSDB e agora do Republicanos, bolsonarista. Todos esses governos têm o mesmo procedimento, não é uma coisa característica do bolsonarismo. Todos eles são bolsonaristas nesse sentido; a famosa política do ‘bandido bom é bandido morto’. Isso leva que o cara mate não só os bandidos, o que já seria ruim, mas mate indiscriminadamente, que é o que está acontecendo agora.”

Por mais absurda que seja a chacina provocada pelos policiais, parcela da culpa recai também sobre o governo federal. Rui Costa Pimenta ressaltou que o governo Lula, com o “pacote da democracia” de Flávio Dino, pretende desarmar a população e armar a polícia, como o próprio presidente indicou em sua fala. “O resultado está aí”, segundo o companheiro. Com a população desarmada e a polícia armada, são 34 civis mortos até agora para 1 policial, que supostamente morreu antes da primeira operação.

Ainda neste assunto, o Ministro dos Direitos Humanos e advogado do Carrefour, Sílvio Almeida, declarou que a morte do policial deve ser apurada, investigada, e sobre as dezenas de vítimas apenas comentou que a reação parece ter sido desproporcional, escancarando o engano que é a política identitária defendida pelo Ministro e pelo restante da esquerda pequeno-burguesa.

“Se você insultar um negro, você pega 6 anos de cadeia. Se você matar um negro, quantos anos de cadeia você vai pegar? Nenhum. Se você estiver fardado, lógico.”

Também de acordo com o companheiro Rui, “quando essas coisas acontecem, a realidade está esclarecendo a farsa que é esse discurso identitário. É uma farsa sangrenta”, pois, dos policiais e governantes às pessoas que foram doutrinadas pela imprensa burguesa, “tem um pessoal no Brasil que quer matar o povo brasileiro. Eles acham que o povo tem que ser tratado à bala. É uma coisa inacreditável. É o Brasil de sempre, não é nenhuma novidade. Está acontecendo no Brasil inteiro, continuará acontecendo e o senhor ministro dos direitos humanos é uma vergonha.”

Outro assunto brevemente abordado foi a postura da Ministra Simone Tebet, ex-candidata do imperialismo e que “atua como um Cavalo de Tróia” desde o começo do governo – no qual ela nem deveria fazer parte. A marionete de Washington fez um escarcéu na imprensa burguesa, que lhe dá toda a atenção e os microfones que desejar, contra a indicação de Márcio Pochmann para o IBGE.

“A campanha contra o Pochmann foi feita de forma muito sórdida. É uma campanha da Globo e dos grandes jornais, que meio que colocaram ela numa situação de exposição do que ela já estava fazendo. O problema do governo Lula são esses acordos que ele faz, porque o acordo é para viabilizar um governo popular, mas no acordo você fica na dúvida se ele viabiliza mais do que inviabiliza.”

No cenário internacional, foi discutida a questão africana, continente que se distancia cada vez mais e em maior velocidade do domínio imperialista. “O golpe no Níger é ruim para o imperialismo”, como destacou o companheiro Rui. Na prática, mais um país expulsou os franceses de seu território e clamou, abertamente, por uma aproximação com os russos.

“Nós estamos assistindo aqui uma verdadeira reviravolta em escala internacional das relações dos países atrasados com o imperialismo. Uma coisa interessante dessa reviravolta é que não é só um determinado tipo de país, como a China e a Rússia, mas é Rússia, China, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Turquia, países africanos…”

Por fim, a Análise retornou ao tema da polícia, central nesta semana do Brasil, pontuando que “a polícia sempre foi violenta” e explicando a política do Partido da Causa Operária em sua defesa das milícias populares, que são, na prática, o povo armado. Como o próprio companheiro Rui expôs, há muitos exemplos de milícias populares espalhados pelo mundo, inclusive institucionais; não é nenhuma inovação do PCO.

“Em um país em que a polícia entra na favela para matar um monte de gente, não existe estado de direito.”

O programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 12:00, no canal da Rádio Causa Operária, ficando gravado para os companheiros que não puderem assistir ao vivo.

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