Na última terça-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, falou sobre o papel do bloco de países denominado BRICS na construção de “um mundo novo” e chamou o grupo de “força dinamizadora” contra a dominação imperialista. O presidente venezuelano anunciou, durante o seu programa “Con Maduro+”, que é transmitido pela TV estatal do país e compartilhado nas redes sociais como no canal de YouTube “Nicolás Maduro”, que encaminhou uma proposta oficial para Venezuela ingressar no BRICS.
O presidente disse esperar uma resposta positiva e se referiu ao BRICS como o motor da emergência de um “mundo multipolar”:
“Esperamos que seja avaliado positivamente por China, Brasil, Índia, África do Sul e Rússia. Esperamos uma resposta positiva para que a Venezuela entre, mais cedo ou mais tarde, na dinâmica do BRICS para aprender, apoiar e ajudar”.
Em maio deste ano, o presidente Lula disse ser favorável a participação da Venezuela no bloco. O BRICS tem recebido grande quantidade de pedidos de adesão, mais de 25 países manifestaram interesse, entre os quais estão: Irã, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, Argélia, Argentina, Bolívia e Venezuela. A China e a Rússia são os membros mais ativos na verbalização da expansão, tendo Moscou já declarado que o ingresso de Caracas no grupo seria próspero e uma demonstração do “crescente prestígio da organização”.
A próxima reunião de cúpula dos países do BRICS será realizada na África do Sul, entre os dias 22 e 24 de agosto. O presidente da Bolívia, Luis Arce, havia manifestado o interesse de ingressar o país andino ao bloco e participará do importante evento. O convite ao país sul-americano foi feito por Cyril Ramaphosa, presidente do país que sedeará o encontro de cúpula deste ano.
O BRICS é uma parceria comercial e econômica de países em desenvolvimento que tem como objetivo desenvolver a cooperação multilateral. Os países do bloco respondem por mais de 20% da economia do planeta e 42% da população mundial. Diante do enfraquecimento da dominação econômica e militar do bloco imperialista, dezenas de países atrasados estão buscando no BRICS uma alternativa à política de imposição de acordos e sanções.