O financiamento da guerra na Ucrânia, para onde o governo dos EUA já destinou bilhões de dólares, tem custado caro aos cidadãos norte-americanos. Um estudo realizado por dois analistas da think tank denominada Heritage Foundation revelou que os “suprimentos de Washington ao governo ucraniano são pouco transparentes”, e um fardo, um ônus muito pesado para os contribuintes americanos.
Richard Stern, especialista em orçamento da aludida fundação, declarou que os cidadãos norte-americanos estão pagando várias centenas de dólares pelas constantes solicitações do governo de Joe Biden ao Congresso para elevar a ajuda militar ao regime de Kiev.
Ele estimou que os pedidos oficiais de recursos para envio à Ucrânia estão chegando a “espantosos US$113 bilhões [R$558,67 bilhões]”, o que significa cerca de US$884 (R$4.370) para cada família americana. Isso significa um valor quase 12 vezes maior que os cortes de gastos da Câmara dos Representantes para projetos de lei de orçamento anuais.
“Como no caso de todos os novos gastos federais, esse desperdício de US$113 bilhões foi adicionado à nossa dívida nacional e custará mais de US$300 [R$1.483] em juros por família ao longo da década”, disse o economista.
Já Kevin Roberts, presidente da think tank norte-americana, também observa que, à medida que o conflito ucraniano “se torna um conflito prolongado, os americanos estão, com razão, cada vez mais céticos em relação ao envio de mais dólares do contribuinte e equipamentos do nosso arsenal esgotado“.
O ceticismo dos norte-americanos não é infundado, pois parte dos próprios congressistas (tanto Republicanos como Democratas) se opõem a uma nova rodada de ajuda a Kiev. Isso se deu em função de “uma previsão negativa do serviço de inteligência dos EUA sobre a contraofensiva das Forças Armadas da Ucrânia”, relataram fontes ao jornal norte-americano The Washington Post.
Anteriormente, Joe Biden, presidente dos EUA, enviou uma solicitação ao Congresso do país para nova ajuda militar, financeira e “humanitária” a Kiev de cerca de US$24 bilhões (R$119,45 bilhões). Uma avaliação secreta da inteligência dos EUA sobre a contraofensiva ucraniana prevê, em particular, que os militares ucranianos “não serão capazes de alcançar a cidade-chave” de Melitopol, na região de Zaporozhie. A conclusão dos norte-americanos levou inclusive a escândalos em reuniões a portas fechadas, relata o Washington Post. Os congressistas falam em “resultados modestos da contraofensiva”; um eufemismo utilizado para não reconhecer o retumbante fracasso da propalada reação ucraniana, propagandeada efusivamente pela imprensa ocidental antirrussa e pró-imperialista.
O pântano no qual os EUA se atolaram vai custar (na verdade, já está custando) caro aos democratas genocidas que atualmente ocupam a Casa Branca, fomentadores de conflitos, financiadores de guerras, golpes e contrarrevoluções. Aproximam-se as eleições de 2024 e é cada vez mais certa a derrota de Biden para Trump, que lidera a preferência do eleitorado para retornar à presidência.