Após forma hipócrita criticar a política de Donald Trump contra os imigrantes, Joe Biden anuncia que retomará a política do ex-presidente na ampliação da fronteira. A Casa Branca informou que o dinheiro para a obra de ampliação fora aprovado em 2019 e poderá ser utilizado pelo atual governo, que anunciou ainda nessa quinta-feira, 5 de outubro, a revogação de mais de 20 leis e disposições federais para construir o famigerado muro no sul do Texas, que faz fronteira com o México. Segundo o Secretário de Segurança Interna, Alexander Mayorkas, para controlar a entrada de imigrantes, “existe atualmente uma necessidade aguda e imediata de construir barreiras físicas”.
A Porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, informou que a decisão não é nova e que, diante da liberação das verbas em 2019, o Departamento de Segurança Interna “é obrigado por lei a utilizar os fundos para fins protegidos”. “O Congresso decidiu e temos de cumprir a lei“, reiterou. Agora a política segregacionista e de ataques contra os imigrantes é lei, como se já não fosse à época do republicano Trump.
O governo americano pensa ainda em modernizar o sistema para conter a entrada desses imigrantes, em vez de construir muros. Eis a nota do Secretário de Segurança Interna:
“Esta gestão acredita que a segurança fronteiriça eficaz requer uma abordagem mais inteligente e abrangente, incluindo tecnologia de vigilância de fronteiras de última geração e portos de entrada modernizados. Precisamos que o Congresso nos dê os fundos para implementar estas ferramentas comprovadas”.
Essas ações do governo Biden provam mais uma vez que, ao contrário do que acreditou a esquerda pequeno-burguesa, o democrata não é um mal menor, mas bem pior do que o próprio Donald Trump. Joe Biden é o senhor da guerra, tem grande apoio da burguesia imperialista dos Estados Unidos, sempre esteve envolvido em diversas invasões e guerras contra centenas de países e um segundo mandato dele seria trágico para os países pobres do globo.
Evidencia-se, ainda, a política hipócrita de democratas como o atual mandatário norte-americano, que se apresenta como progressista para ancorar-se em um setor popular, mas que representa um setor social tão afeito à repressão e a marginalização dos imigrantes quanto o provável nas próximas eleições. A diferença reside no fato de que Trump, embora uma pessoa grotesca, não é tão dissimulado quanto o rival democrata, que usa e abusa de demagogia barata apenas para manter-se capaz de realizar atrocidades, contra imigrantes, norte-americanos e o amplo conjunto da humanidade.