Nos últimos anos, os bancos tem reduzido seu contingente de trabalhadores, ao longo de décadas.
Segundo a CONTRAF, “um dos pontos que chamam a atenção é a redução de bancários em relação aos demais trabalhadores do ramo. Se em 2012 representavam 59% do total, 10 anos depois passaram a 44%. Essa mudança, segundo o estudo, “tem consequências na realidade concreta dos trabalhadores”. Além da redução dos trabalhadores, também houve oscilação de salário para baixo.
Somente em 2022, a redução de postos de trabalho os bancos fecharam 5.848 vagas.
O Bradesco e Itaú/Unibanco, os dois maiores bancos privados do País, reduziram seus quadros drasticamente nos últimos dois anos, respectivamente de 98 mil para cerca de 89 mil e de 100 mil para 89 mil. E mais, nos bancos privados, 80% dos bancários não chegam a permanecer mais do que três anos no trabalho.
A forma mais recente encontrada pelos banqueiros para aplicar um golpe nos trabalhadores e aumentar os seus já fabulosos lucros é o que já vem acontecendo com vários bancos, em criar uma nova empresa, vinculada ao próprio banco, mas com um CNPJ novo, e transferir setores inteiros do banco para esse CNPJ, passando os bancários, compulsoriamente, a serem trabalhadores terceirizados. Sendo assim, os banqueiros encontraram uma forma para atacar, ao mesmo tempo, o valor da força de trabalho e a organização sindical dos trabalhadores.
É preciso que as organizações sindicais dos trabalhadores bancários, conjuntamente com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), urgentemente, organizem uma gigantesca mobilização contra a política de demissão em massa dos bancários.





