O que vem acontecendo nos bancos é de extrema gravidade no que diz respeito às demissões.
Os banqueiros, depois do golpe de Estado de 2016, nos governos de Temer e Bolsonaro, aprovaram, no reacionário Congresso Nacional, a reforma trabalhista, previdenciária, lei da terceirização, e passaram a executar uma política de ataques à categoria bancária, através do desemprego, nunca vista na história deste País.
Praticamente todos os dias este Diário noticia as demissões que estão acontecendo nos bancos por conta da política dos banqueiros de lucro a qualquer custo, nem que para isso leve milhares de trabalhadores e suas famílias à miséria.
Depois dos bancos Bradesco, Itaú/Unibanco, Santander, desta vez foi o Banco Pan, que acaba de demitir mais de 100 funcionários e, além disso, como diz o ditado “não há nada tão ruim que não possa piorar”, transformaram outra centena de trabalhadores bancários em financiários, ou seja, em terceirizado, assim mesmo, desse jeito, na lata, de uma hora para outra. Um verdadeiro absurdo.
O Banco Pan é o antigo Banco Pan-americano do Grupo Silvio Santos que foi adquirido pelo Grupo BTG Pactual. O BTG teve como um dos seus fundadores, e hoje um dos seus acionistas, nada menos que o ex-ministro da Economia do governo golpista de Bolsonaro, Paulo Guedes, e é hoje presidido por André Esteves, aquele mesmo que comemorou, na época, a aprovação no STF a independência do Banco Central, revelando que era uma vitória da burguesia, ou seja, que a economia estaria sob o controle da política monetária dos banqueiros nacionais e internacionais.
Contra essa medida, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região realizou uma manifestação na terça-feira (05), em frente da sede do banco, na Avenida Paulista.
“Hoje pela manhã recebemos uma denúncia de que o Banco Pan está transferindo trabalhadores bancários para a financeira, sem nenhuma negociação ou diálogo com o Sindicato. Um extremo desrespeito com os trabalhadores e também um ato antissindical, que fere a Convenção Coletiva de Trabalho. Toda e qualquer alteração no regime de trabalho tem de ser negociada com o movimento sindical. O Banco Pan não fez isso ao fazer a alteração destes trabalhadores para financiários e, ontem, esses desligamentos que já somam 190 desde a última segunda-feira”, relatou a secretária-geral do Sindicato, Lucimara Malaquias. (Site spbancarios 05/09/2023)
Em nome da tal modernidade, os banqueiros, de modo geral, estão realizando uma verdadeira hecatombe no que diz respeito ao emprego, são centenas de milhares de postos de trabalho que já foram extintos e, no andar da carruagem, não é nada bom o que ainda estará por vir.
Para tanto é preciso criar um amplo movimento de luta a partir de um intenso trabalho de agitação e propaganda junto aos trabalhadores, nos seus locais de trabalho, para alavancar a mobilização dos trabalhadores. Levantar um programa imediato pelas reivindicações fundamentais da categoria bancária, contra o fechamento de postos de serviços, contra as privatizações, pelo fim das demissões, pela readmissão dos demitidos, pelo fim das reestruturações, pela estatização do sistema financeiro etc.
