Na ultima quarta-feira (15/03), aconteceu, na quase totalidade das agências bancárias do Banco Itaú/Unibanco, em Brasília, manifestações com o atraso na abertura do atendimento ao público do banco, em protesto à política dos banqueiros do Itaú de demissão em massa e o fechamento definitivo de vários pontos de atendimento bancário.
A situação dos trabalhadores bancários do Itaú é uma das piores. Em mais uma determinação reacionária da direção do banco contra os seus funcionários, acaba de ordenar a demissão de cerca de 500 funcionários devido a solicitação dos mesmo do reembolso de convênio de plano de saúde.
Não há dúvida que os banqueiros irão utilizar de todos os recursos para exercer a prática de demissão em massa, cujo o objetivo é aumentar os seus lucros, através da miséria dos trabalhadores. Para os banqueiros do Itaú: “está demitindo trabalhadores que realizaram solicitações indevidas de reembolsos pelo plano de saúde, ferindo o código de ética da instituição”. (Site spbancarios 14/03/2023)
Primeiramente, é claro que se deve desconfiar dessa enxurrada de bancários que foram jogados na rua por apenas ferir o “código de ética” do banco. Fica claro que se trata de uma jogada para implementar a prática tradicional dos banqueiros em demitir funcionários mais velhos, com salários um pouco melhor, para contratar novos funcionários com salários menores.
A outra aberração, é a cara de pau em acusar o trabalhador de “ferir o código de ética da instituição”, sendo que o Itaú é um dos recordistas na prática de assédio moral, para que os seus funcionários cumpram metas de venda de produtos, além de ser o banco que mais demite e que superexplora os seus funcionários através do arrocho salarial e baixos salários.
A demissão é a política dos banqueiros para aumentar, ainda mais, os seus lucros. Fica evidente que eles querem, a todo custo, intensificar ainda mais a exploração dos trabalhadores por meio das demissões.
Diante da ofensiva dos banqueiros, a luta pela estabilidade no emprego deve ser uma pauta fundamental para a categoria bancária. Para que uma verdadeira campanha seja consequente, é preciso superar um dos principais obstáculos para a luta da categoria: as intermináveis negociações com os banqueiros que, na maioria dos casos, entram com a corda e os trabalhadores com o pescoço.
É necessário organizar a resposta para os banqueiros e, a única voz que eles escutam é a de mobilizações nas ruas. A atividade do fechamento das agências em Brasília deve ser a ponta de lança de uma grande mobilização para barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros. Para isso, organizar, imediatamente, uma verdadeira campanha através dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora: greve, ocupações, criação de comitês de lutas e de greve em todas dependências etc.