Um juiz oriundo de família pobre, cuja família não tem laços com políticos e figuras do Judiciário, que exclusivamente por seu mérito e por sua integridade ganhou fama internacional. Esse juiz simplesmente não existe. Menos ainda se o citado juiz for o hoje senador Sergio Moro.
A imagem pública da Operação Lava Jato possui relações com a burguesia e o imperialismo há muito tempo, revelando um plano de longo prazo para Sergio Moro. O juiz “imparcial”, que na verdade é filho do fundador do PSDB de Maringá, desde 2003, com o caso do Banestado, Moro vem participando de casos de repercussão, o que em si já é suspeito, pois a burguesia não permitiria que um escândalo desse tamanho, que poderia incriminar “as pessoas erradas”, ficasse na mão de alguém que não fosse de sua confiança.
Em 2012, Moro foi nomeado para integrar o gabinete da ministra do STF Rosa Weber, onde defendeu a flexibilização da necessidade de provas em casos de corrupção. Anos depois, o juiz golpista iria utilizar justamente esse precedente para acusar e condenar Lula.
A lista de relações suspeitas e de “benesses” recebidas por Moro é infinda. Todas, em resumo, apontam para uma mesma conclusão: o ex-juiz vinha sendo preparado para um projeto de grande envergadura do imperialismo. Tanto é assim que a Operação Lava Jato se tornou um dos principais pilares de uma grande operação política, que foi o golpe de Estado de 2016.
Com todo o apoio que Moro recebeu ao longo dos anos, com um apoio integral da imprensa capitalista, era de se esperar que o ex-juiz conseguisse se eleger parlamentar tranquilamente, apenas com o uso de sua “popularidade”. Será?
Se fosse tão simples, por que a Rede Globo teve que contratar um fonoaudióloga para o sujeito conseguir falar em público? E o que falar do fato de que Oriovisto Guimarães, que, em um primeiro momento, era o grande entusiasta da ingressão de Moro no Podemos, é o fundador do Grupo Positivo, que fabrica as urnas eletrônicas? Por que então Sergio Moro correu, nas vésperas do fechamento da janela de filiação, para o União Brasil, um partido muito menos coeso em defesa da Lava Jato que o Podemos, mas com muito mais dinheiro?
É evidente que sem uma “ajudinha”, Moro sequer se elegeria vereador. O ex-juiz é uma fraude, um agente direto dos interesses do imperialismo no Brasil e odiado pela população, pois é a expressão de toda a destruição que a direita provocou no País nos últimos anos.
Lula está certo. Em tudo o que Moro está metido, pode ter certeza que há uma armação.