Em um claro sinal de radicalização da direita, o Partido da Causa Operária (PCO) vem sendo alvo de diversos ataques desde o início da luta liderada pelo Hamas, que no último dia 7, empreendeu uma ousada campanha pela libertação da Palestina. Declarando prontamente “1000% de apoio aos companheiros do Hamas”, o partido trotskista foi vítima de tentativas de empastelamento deste Diário Causa Operária e ameaças de morte de figuras anônimas diretamente endereçadas aos dirigentes Francisco Muniz e Vinícius Rodrigues, oradores que nos atos realizados em apoio à luta dos palestinos por sua libertação, deram declarações enfáticas em defesa da direção revolucionária do Hamas na Palestina.
Confira, abaixo, as mensagens enviadas para os dois militantes:
Os trechos censurados ao final do e-mail, são não apenas o endereço de Francisco, como também o nome de seus familiares. Já no caso da ameaça contra Vinícius, ela foi enviada a partir de uma conta anônima no Instagram.
Abaixo, a mensagem endereçada à Vinícius Rodrigues:
As ameaças em questão representam mais um ataque de aliados de Israel contra o Partido. No último dia 11, o sítio online do PCO e também este Diário Causa Operária (DCO), sofreram ataques de tipo DDOS, demonstrando claramente uma tentativa de calar as principais forças políticas contrárias ao Estado nazista de Israel no Brasil.
Na manhã do dia 11, o sítio do DCO sofreu um ataque hacker do tipo DDOS. Nesta modalidade de ataque, o sítio é acessado ao mesmo tempo por milhares de IPs a ponto do sistema não suportar e, assim, ele é derrubado. Os acessos vieram de vários países diferentes, dentre eles Singapura, Alemanha, Irã e Belize, o que é uma clara demonstração de que é um ataque programado. As páginas do PCO e do DCO, por sua vez, acionaram um sistema de defesa para impedir que o ataque derrubasse seu sítio.
Os dirigentes do PCO ameaçados pelos simpatizantes do regime nazista de Israel deram entrevistas à este Diário publicadas na edição do último dia 12. Questionado sobre ao que atribui as ameaças, Francisco Muniz declarou:
“Fiz uma fala no ato defendendo a posição do Partido, de apoio irrestrito ao Hamas. Lá no ato não aconteceu nada, foi normal. O vídeo foi para as redes sociais e, no dia seguinte, vi que estava em muitos canais de direita, entre eles um que chama ‘Hoje no Mundo Militar’, que é um canal de direita altamente pró-OTAN, pró-imperialista. Tem até uma parte da direita que não gosta desse canal por causa disso, desse capachismo”, disse.
Já Vinícius Rodrigues destacou que as ameaças devem-se ao fato de que “o PCO expressa isso [a popularidade da luta do Hamas no Brasil] claramente, contra toda a pressão, toda a campanha sórdida da imprensa burguesa que quer impedir as pessoas de defender a Palestina e o Hamas e não consegue.”
Questionado sobre uma possível retratação, o jovem militante foi enfático:
“Se podemos falar em retratação, acho que a única coisa que eu mudaria é que acho que peguei muito leve. Acho que eu deveria ter sido mais claro, acho que deveríamos apoiar ainda mais o Hamas, deveríamos, talvez, levar bandeiras do Hamas para a manifestação e defender o Hamas mais do que 1000%. Acho que deveríamos ter uma campanha constante em defesa do Hamas, acho que é a única retratação que eu faria”
Na mesma linha, Muniz reafirma: “Vamos redobrar a propaganda, intensificar nossa campanha em favor do Hamas, em favor dos palestinos. Não vou me retratar nada. Esse modus operandi da extrema-direita, de ameaçar, de tentar intimidar faz parte, não vamos nos deixar intimidar por conta disso.”Nesse espírito, tanto o PCO, quando órgãos de imprensa como este DCO lembram que ataques como os que a direita vem perpetrando contra o partido e o Diário só nos fortaleceram no passado, quando a conjuntura política era mais difícil para nós e certamente tornarão a política revolucionária ainda mais forte agora. Seguiremos.
