Quem já viu a imprensa capitalista em campanha, sabe como é. Basta lembrar o que O Globo, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Veja faziam durante a preparação do golpe de 2016: todos os dias, suas páginas vinham recheadas com mentiras, calúnias, ataques rasteiros e acusações policialescas contra o governo de Dilma Rousseff e contra o Partido dos Trabalhadores. Agora, os órgãos da grande imprensa em todo o mundo se encontram empenhados em uma mesma grande esforço: a campanha de ataques contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
No início, falaram que o Hamas teria, sozinho, atacado o território que hoje é ocupado pelo Estado de Israel. Hoje, já foi provado que o ataque foi organizado em conjunto com outras organizações – indicando, assim, que não se tratava de um ato isolado. Até hoje, a imprensa não se retratou desse fato e continua falando em “guerra” de Israel “contra o Hamas”.
Esse mesmo ataque, que foi uma operação militar muito bem organizada pelo Hamas, vem sendo explorado de todas as maneiras pela imprensa, que o apresenta como se fosse um dos atos de guerra mais bárbaros da história da humanidade. O fato é que também foi demonstrado que a esmagadora maioria das vítimas dos ataques do Hamas são militares, e não civis.
Inventaram, então, que o Hamas teria – pasmem – decapitado 40 bebês, torturado reféns e estuprado mulheres. Não só foi demonstrado que tudo não passava de mentiras fabricadas pelos órgãos de inteligência de Israel, como o depoimento incontestável de uma refém liberta pelo Hamas revelou o tratamento extremamente humano dado pelos guerrilheiros aos civis.
A imprensa imperialista se encontra diante de um nítido esforço para jogar a “opinião pública” contra o Hamas. A campanha consiste em mostrar os guerrilheiros como se fossem “monstros”, inimigos de toda a humanidade, assim como fizeram os Estados Unidos com Saddam Hussein para invadir o Iraque.
E por que existe essa campanha? Por um motivo muito simples: todas as tentativas de justificar o injustificável ataque à população palestina têm sua base no combate ao Hamas. Por mais cínico que seja, o que os Estados Unidos e Israel alegam para bombardear a população civil da Faixa de Gaza e para exercer uma verdadeira ditadura contra os palestinos no território ocupado pelos sionistas é a necessidade de “combater o terrorismo”. Se ficar comprovado que o Hamas não é um “monstro”, mas sim uma organização legítima de um povo oprimido que está lutando de armas na mão por sua libertação, o apoio social ao genocídio palestino irá despencar.
Mesmo com toda a campanha contra o Hamas, o apoio ao povo palestino e às suas organizações aramadas só cresce – tanto por parte do movimento popular, como mesmo por parte dos governos nacionais. Recentemente, o governo russo declarou que Israel não tinha direito à “autodefesa” por ter ocupado o território palestino. Já o governo turco declarou explicitamente que o Hamas não era um grupo “terrorista”. Sem a pressão contra o Hamas, a tendência é que o mundo inteiro se revolte contra Israel.
É por isso que é dever da esquerda e do movimento dos trabalhadores defender o Hamas dos ataques covardes da direita e sair às ruas em seu apoio. Defender o povo palestino é defender o Hamas e todos os grupos armados que lutam pela libertação de seu povo.