Nesta quarta-feira (12), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, participou do Congresso do União Nacional dos Estudantes e buscou se apresentar como um grande combatente da ditadura militar instaurada em 1964 e também do bolsonarismo.
Analisaremos aqui alguns pontos da fala do suposto defensor dos interesses populares, que outrora foi grande entusiasta da operação farsesca da Lava-jato comandada por Sérgio Moro, o qual foi ministro e se elegeu senador fazendo campanha para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao declarar que teria derrotado o bolsonarismo, supõe-se que o ministro do STF teria apoiado a eleição de Lula como presidente em 2022. Mas contraditoriamente, Barroso participou da fraude que impediu a participação da maior liderança popular do país e garantiu assim a vitória de Bolsonaro em 2018.
Aliás, o suposto combatente do bolsonarismo, apesar de reconhecer os crimes da Lava-jato, defendeu que a operação foi um serviço ao país. O então juiz Sérgio Moro vazou para imprensa golpista a conversa entre os ex-presidentes petistas Dilma Rousseff e Lula, além de ordenar que este fosse conduzido coercitivamente a depor na Polícia Federal.
Barroso foi um dos ministros do STF que votou contra o pedido de Habeas Corpus expedido pela defesa do presidente Lula, permitindo assim sua prisão após condenação por Moro e pelo TRF-4. O ministro do STF foi também responsável por inviabilizar a candidatura de Lula em 2018, com base na “Lei da Ficha Limpa”.
É importante destacar que o juiz da operação farsesca exaltada por Barroso se tornou ministro da Justiça do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro e se elegeu senador apoiando sua reeleição na última eleição. Caberia ao ministro golpista explicar como se deu essa guinada à esquerda.
Apesar de reconhecer que “em 1964 houve um golpe de Estado porque o presidente foi destituído por um mecanismo que não estava Constituição”, o ministro nunca se pronunciou sobre o golpe de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff através de um processo de impeachment fraudulento.
Outro ponto a ser destacado em sua fala diz respeito a ter derrotado a censura, acontece que Barroso não denuncia o avanço do STF/TSE contra a liberdade de expressão, um direito sagrado na Constituição Federal 1988, principalmente na figura do também ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes.
O governo Bolsonaro, que Barroso ajudou a eleger, foi parte do golpe de 2016, o qual serviu para acabar com os direitos trabalhistas e para confiscar a previdência social. Além disso, a Lava-jato serviu para pilhar a Petrobrás e destruir as bases da economia nacional. O ministro também vetou a “Lei do piso da enfermagem” recentemente em favor dos planos de saúde privados.
Fica assim demonstrado que Barroso não merece qualquer confiança da população, os pontos analisados desmontam a farsa que o ministro busca se valer e demonstra que o mesmo não passa de um inimigo do povo brasileiro.