A categoria bancária vivencia hoje um dos mais brutais ataques já sofridos ao longo de sua história. Como se não bastasse o arrocho salarial, a política de coação dos trabalhadores pelos banqueiros se aprofunda mais a cada dia, através das transferências compulsórias, da pressão e da perseguição impostas por comissionados aos funcionários, do aumento brutal da jornada e volume de trabalho, etc.
Nos bancos, consequentemente, tornou-se comum a dura realidade de centenas de casos de afastamento de funcionários por doenças decorrentes de problemas cardíacos, gastro nervosos, hipertensão arterial, fadiga, instabilidade emocional, entre outras, além de lesões por esforços repetitivos (LER). Diante do profundo ataque dos banqueiros, os principais sindicatos dos bancários do País são incapazes de apontar medidas de luta que impulsione a categoria a fazer frente a esses ataques. Na Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que aconteceu em São Paulo no começo de agosto, não se definiu nenhuma pauta concreta de luta, apenas generalidades do tipo “consolidar a democracia”, por exemplo.
O que a categoria bancária vivencia hoje, nada mais é do que a repetição do brutal ataque do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro levada a frente pelo reacionário Congresso Nacional, liderado pelo bolsonarista Arthur Lira, através das medidas golpistas em relação à Reforma da Previdência e Trabalhista, Privatizações, do sucateamento dos serviços públicos essenciais prestados à população, etc.
Para sustentar a orgia dos banqueiros, latifundiários e grandes capitalistas só existe, para eles, uma saída: a política de rapina, o roubo e o massacre dos trabalhadores. Diante desses ataques, a política das direções sindicais está indo na contramão dos interesses da categoria. Isso coloca a necessidade de organizar uma verdadeira mobilização, por aqueles setores de vanguarda, na perspectiva das lutas que estão por vir.
O 1º passo para isso, é a necessidade da construção de Comitês de Luta por local de trabalho para resistir aos ataques dos banqueiros e seus prepostos nas instituições do Estado (Congresso Nacional, Tribunais) e também a necessidade imediata organização de uma nova campanha pela convocação de um congresso dos trabalhadores bancários, com delegados eleitos em cada local de trabalho, a partir de um amplo debate sobre a base de um programa e de uma pauta de reivindicações que objetive organizar os trabalhadores para derrotar a política de miséria dos banqueiros e seus serviçais.