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Fomentadores de golpes

Articulista do Estadão recebe pix da CIA para atacar governo Lula

Órgão do NED, o Journal of Democracy tem uma professora aposentada da USP colaboradora do famigerado Instituto Millenium entre seus conselheiros editoriais

O Journal of Democracy é uma publicação trimestral organizada pelo National Endowment for Democracy (NED), agência de fachada da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), dedicada a apoiar golpes de Estado e desestabilização de países onde quer que os interesses imperialistas encontrem-se ameaçados. Entre os consultores internacionais do seu corpo editorial, encontra-se, por exemplo, Condoleezza Rice, secretária de Estado do governo dos EUA que sucedeu o general Colin Powell no cargo, uma manobra para lidar com a desmoralização provocada pela mentira das armas de destruição em massa do Iraque. Junto da primeira mulher negra a assumir o posto de chanceler dos EUA, no corpo editorial do jornal da CIA, encontra-se também uma brasileira: Lourdes Sola.

Professora aposentada do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), a página institucional de Sola revela ainda que a acadêmica pertenceu também ao conselho do Centro Ruth Cardoso, ligado ao Instituto Fernando Henrique Cardoso, evidenciando seu alinhamento à política tucana, portanto pró-imperialista e ferozmente inimiga do povo brasileiro. Além destes, o famigerado Instituto Millenium, uma das organizações ligadas ao golpe de Estado de 2016, também contou com os préstimos da uspiana.

Tais ligações não estão escondidas, não constituindo, portanto, uma novidade exatamente, mas reforçam a origem dos ataques que sofre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por exemplo, em 27 de maio deste ano, o também golpista Estado de S. Paulo publicou um artigo de Sola na condição de “colunista convidada”, com o título “Fundamental convergência com as democracias”, atacando a política externa do governo federal. Na nota (escrita em parceria com Eduardo Viola, da Fundação Getúlio Vargas), defende que o Brasil se afaste do que chama de “bloco autocrático” (os países atrasados que se opõe com mais firmeza à opressão imperialista, evidentemente) e busque “protagonismo mundial” em campos como “as políticas climática e de transição energética”, acrescentando que “para tanto, há que reduzir drasticamente o desmatamento, evitar as tentações do nacionalismo petroleiro e investir nas oportunidades abertas para exercer protagonismo ambiental”, o que é exatamente a política defendida pelo imperialismo, em especial o ataque ao que batizou como “nacionalismo petroleiro”.

O Journal of Democracy, sendo do NED, não é outra coisa além de uma publicação orientada a fomentar golpes de Estado. Suas matérias são pagas, mas o órgão permite a leitura de artigos gratuitamente disponibilizados em seu sítio oficial, onde é possível encontrar matérias como “China’s Threat to Global Democracy” (“A ameaça da China à Democracia Global”, em tradução literal), defendendo que “a promoção da democracia pode estar fora de moda na política externa dos EUA, mas a prevenção da democracia está no centro da estratégia chinesa hoje” (janeiro/2023).

Em outro, também mirando uma nação atrasada central à estabilidade da ditadura imperialista, a Índia, Journal of Democracy se pergunta “Why India’s Democracy Is Dying” (“porque a democracia indiana está morrendo”) destacando que “nenhum país é um exemplo melhor de nossa recessão democrática global do que a Índia” (julho/2023). Segundo o artigo, “as leis agrícolas da Índia destacaram as possibilidades duradouras de dissidência em massa”, indicando um flanco para uma potencial ofensiva do imperialismo contra o regime de Narendra Modi.

Naturalmente, um observador atento não esperará nada diferente de um órgão diretamente ligado à CIA. É preciso, no entanto, atenção com os serviçais da agência fomentadora de golpes de Estado no País. Mais ainda, a esquerda e as organizações de defesa dos interesses dos trabalhadores devem estar atentos ao tipo de política defendida pela agência norte-americana, com a clareza de que esta é uma das instituições mais sinistras do mundo, que nada quer do Brasil e de nenhuma nação do mundo, exceto a mais brutal espoliação em favor da burguesia imperialista norte-americana, a quem serve. Consciente disso ou não, é também a quem Lourdes Sola serve.

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