Diversos filmes, livros, músicas, pinturas e mais já se propuseram retratar as atrocidades cometidas por “Israel” ao longo da história da formação da ocupação sionista, bem como a história do povo palestino como um todo.
Aproveite o feriado para assistir aos cinco filmes que este Diário selecionou sobre a questão palestina. É essencial estar por dentro não só das notícias mais recentes, como também da história da luta da Palestina contra a ocupação nazista de “Israel”.
Confira:
Paradise Now
Filme de múltiplas nacionalidades, foi produzido em 2005 e conta a história de dois amigos de infância, os palestinos Khaled (Ali Suliman) e Said (Kais Nashef) que são recrutados para realizar um atentado suicida em Tel Aviv.
Depois de passar com suas famílias o que teoricamente seria a última noite de suas vidas, sem poder revelar a sua missão, eles são levados à fronteira. A operação não ocorre como o planejado e eles acabam se separando. Distantes um do outro, com bombas escondidas em seus corpos, Khaled e Said devem enfrentar seus destinos e defender suas convicções.
Falado em árabe, o filme teve um orçamento de dois milhões de dólares e foi feito em um momento de relativa calma entre palestinos e israelenses, tanto que o filme foi passado em “Israel”, coisa inimaginável nos dias de hoje. Ele pode ser visto no YouTube com legendas em português.
Líbano
Filme de Samoel Maoz lançado em 2010, ganhou o Leão de Ouro do festival de Veneza. O filme retrata a Guerra do Líbano que diz respeito, também, aos conflitos entre palestinos e israelenses.
Líbano relata a história de quatro tanquistas israelenses que, de dentro um tanque, observam um Líbano tomado pelos massacres que eles mesmos cometem: pessoas aterrorizadas e tomadas pelo ódio, corpos carbonizados.
Trata-se de um filme autobiográfico do diretor israelense que viveu a primeira guerra do Líbano de 1982 e que, portanto, sabe bem dos massacres cometidos contra os palestinos.
Massacre
23 anos depois de assassinar refugiados palestinos a golpes de facão, os criminosos libaneses responsáveis pelas mortes não demonstram remorso ao relembrar o massacre em um documentário perturbador.
A diretora alemã Monika Borgmann mostra, em “Massaker”, seis dos autores da chacina falando pela primeira vez sobre o papel que desempenharam em um dos mais infames massacres acontecidos durante a guerra civil que devastou o Líbano entre 1975 e 1990.
Depois de diversos meses de trabalho para localizar e fazer contato com membros das Forças Cristãs Libanesas, organização paramilitar apoiada por “Israel”, Borgmann conseguiu convencê-los a falar sobre a chacina.
Centenas de refugiados palestinos foram mortos brutalmente por membros de forças paramilitares libanesas nos campos de refugiados de Sabra e Chatila durante a invasão israelense ao Líbano, em 1982. A chacina se prolongou por diversos dias.
O documentário incomoda devido à falta quase total de remorso de parte dos assassinos, cujos rostos sempre ficam na sombra.
Falando numa sala, com o barulho do trânsito de Beirute e raios de sol se infiltrando pelas janelas fechadas, eles desenharam diagramas mostrando como se moveram de setor a setor dos campos, “fazendo a limpa” em cada área.
Killing Gaza
Killing Gaza é outro documentário em que os jornalistas Dan Cohen e Max Blumenthal captam as histórias angustiantes dos palestinos que sobreviveram ao ataque israelense de 2014 e as suas lutas para recuperarem e persistirem sob um bloqueio paralisante.
Tem cerca de 23 minutos de duração e esta também disponível no YouTube.
Bab el shams
Lançado em 2004, Bab el shams foi dirigido por Yousry Nasrallah, com 278 minutos de duração retratando o conflito Árabe-Israelense desde os seus primórdios em 1946.
Baseado no livro de Elias Khoury, o filme narra a saga de inúmeras personagens cujas vidas se entrelaçam, tratando temas sensíveis com grande dramaticidade, em dois momentos históricos distintos, quais sejam: as origens do conflito entre “Israel” e Palestina e o então otimista ano de 1994, marcado pelos Acordos de Oslo e do aperto de mão emblemático entre Yasser Arafat e Yitzhak Rabin.