O Conselho Estadual de Representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), o maior do País, em número de associados (mais de 180 mil) e com uma base de mais de 300 trabalhadores, reuniu-se nesta segunda (dia 30) , com mais de 400 conselheiros estaduais – em pleno período de férias escolares – expressando uma clara tendência de luta na categoria que vem tendo um papel destacado na luta política do País nos últimos anos.
Não foi a primeira atividade do ano do Sindicato e da sua base, que mobilizou milhares de pessoas para participar da posse de Lula no primeiro dia do ano – quando a entidade distribui Manifesto assinado por outras importantes entidades – comando “revogaço”, ou seja, pela revogação de todas as reformas dos governos golpistas de Temer e Bolsonaro. Ainda nas férias, o Sindicato também levou centenas de professores às ruas da Capital paulista para reivindicar do governo o cancelamento de atribuição que prejudicou dezenas de milhares de professores e deixou cerca de 20 mil deles (“temporários”, categoria O) sem aulas, ou seja, desempregados, neste começo de ano letivo.
Neste dia 30 um dos detonadores da mobilização, junto com a questão da luta por um novo processo de atribuição de aulas, foi a questão da necessária mobilização por arrancar do governo direitista de SP,e de todos os governos estaduais e municipais, o cumprimento da Lei do Piso, com o pagamento do piso nacional dos professores de R$4.420, a partir de 1º de janeiro passado, o que representa 15% de aumento para todos os professores que já recebiam o piso anterior (R$3.845) e, no caso de SP, onde o governo não cumpre a Lei do Piso, um reajuste de até 43% para recompor nos salários os reajustes anteriores do piso que não foram pagos, mesmo quando houve decisão judicial a favor dos professores ( e o governo recorreu ao STF).
O conselho da APEOESP aprovou levar à CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) a proposta da realização de um Dia Nacional de Luta pelo cumprimento da Lei do Piso e também pelo “revogaço” e por outras medidas fundamentais para os trabalhadores, não só da Educação, mas de todo o País.
Como parte da compreensão majoritária da importância de uma luta mais ampla contra os ataques da direita, em defesa das propostas d interesse do povo do governo Lula e da luta pelas reivindicações populares, o Conselho aprovou apoia o chamado dos Comitês de Luta a realização de uma Conferência Nacional no final de abril, em São Paulo, dando um impulso à iniciativa que visa reunir milhares de ativistas e dirigentes da esquerda e das organizações de luta dos trabalhadores e da juventude, da cidade e do campo.