Na última sexta-feira (27), as forças aéreas do Estado de Israel promoveram o maior bombardeio contra a população palestina desde o último 7 de outubro, quando o Hamas realizou incursões inéditas em 75 anos de colonização. Foram mais de quatro horas interruptas de lançamento de bombas sobre as residências, escolas, hospitais e toda a infraestrutura de cidades palestinas na Faixa de Gaza. Antes deste brutal ataque que fez Gaza literalmente arder em chamas, as mortes já superavam a cifra de 7 mil palestinos, quase que a metade delas se trata de crianças, as cidades do norte praticamente desapareceram. Em Gaza, os palestinos estão sem água, comida, eletricidade e internet. Diante desses acontecimentos, a imprensa porta-voz do imperialismo e seus capachos justificar tamanha matança e destruição como o combate ao terrorismo. Neste sentido, não há meias palavras para definir os que defendem o massacre perpetrado contra os palestinos.
No último 7 de outubro, depois de três quarto de século da invasão ao território da Palestina por decisão da Organização das Nações Unidas, que se trata de uma farsa para impor os interesses do imperialismo aos países atrasados, o Hamas, que é a organização que lidera a resistência armada do povo palestino, realizou pela primeira vez na história incursões contra Israel em cidades ao redor da Faixa de Gaza. Segundo a imprensa porta-voz dos interesses do imperialismo, a operação do Hamas teria deixado 1.400 israelenses mortos e sequestrado por volta de 200 pessoas. Além disso, circularam a notícia de que os militantes do Hamas teriam arrancado a cabeça de 40 bebês e que teriam estuprado mulheres. Diante da retratação da Casa Branca sobre o pronunciamento de Joe Biden, que teria tido acesso às imagens das supostas decapitações, pode-se questionar todas essas informações. Até por quê, a libertação de uma idosa por questões de saúde, bem como suas declarações, desmontou o estereótipo demoníaco disseminado pela imprensa burguesa.
O problema é que mesmo não havendo qualquer prova sobre tais acontecimentos, e que finalmente foram desmentidos, inclusive o bombardeio a um hospital em Gaza que foi atribuído a Jihad Islâmica, os meios de comunicação da burguesia e seus empregados exploram essas informações para justificar as atrocidades que o Estado de Israel comete contra o povo palestino. Assim, figuras conhecidas pelos serviços sujos prestados ao imperialismo, como Diogo Mainardi e Rodrigo Constantino, defendem abertamente e fazem propaganda do genocídio contra o povo palestino como uma resposta legítima. Essas pessoas e a imprensa, que abre espaço para esse tipo de “opinião”, não podem alegar desconhecimento sobre o que realmente acontece na Palestina, se trata de uma operação de falsificação dos acontecimentos, ou seja, de uma propaganda nazista.
Evidentemente não cabe aqui qualificar os desavisados que acabam sendo enganados por essa propaganda, isso acontece por conta da falta de ação das organizações hegemônicas da esquerda que não disputam a opinião pública e que, muito pelo contrário, atacam o Hamas e defendem a existência de um estado para os “judeus”. Mas, essas pessoas, que sabem do que se trata a colonização do território desde 1948 e que resultou no controle de quase todo território da Palestina, restringindo os árabes a guetos na Cisjordânia e na Faixa, que tem conhecimento dos 10 mil palestinos, inclusive jovens e crianças, que são mantidos como prisioneiros do Estado de Israel, e também dos covardes assassinatos pelas forças de ocupação sionista, não podem ser tratadas da mesma maneira.
Impressiona que concordem e mesmo que se calem, diante do anúncio de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, sobre bombardear o maior hospital de Gaza, sob o pretexto de que unidades hospitalares estariam sendo utilizadas como bases das forças armadas do Hamas, isso depois de atribuir a explosão de um hospital à Jihad Islâmica. É inconcebível defender as “ordens” do governo de Israel para que os palestinos da região norte de Gaza, o êxodo de cerca de um milhão de pessoas em direção ao sul para que suas casas sejam bombardeadas. É inimaginável, mesmo que tudo que se fala sobre o Hamas fosse verdade, que alguém concorde em matar inocentes. Isso vale para um assalto comum ou para um sequestro, não se pode bombardear as “vítimas” para combater o “criminoso”. Mas não é disso que se trata, as autoridades israelenses e também dos países do bloco imperialista se dirigem aos palestinos como “lixos humanos”, como “animais” que devem ser exterminados.
O sionismo se trata de um movimento supremacista que começou a se desenvolver nas últimas décadas do século XX e que foi financiado pelo imperialismo com objetivo de obter o controle sobre o petróleo no Oriente Médio. Não se pode ter qualquer dúvida sobre o caráter racista e fascista do regime de Israel na Palestina, o massacre contra o povo o palestino é equivalente ao holocausto contra os judeus pelo regime da Alemanha nazista. Cabe destacar que sionismo, que usa esse fato histórico para justificar e acusar de nazistas os que denunciam a limpeza étnica contra os árabes no território da Palestina, nada tem a ver com o judaísmo que se trata de uma doutrina religiosa. A posição dos países imperialistas demonstra também de forma cristalina que o fascismo é apenas um expediente se sua política. Portanto, os pseudo-jornalistas, que compactuam com esse pensamento que não difere em nada do pregava Adolf Hitler sobre a “raça” ariana, e toda a escória que os financiam devem chamados pelo que realmente são, não passam de verdadeiros nazistas.
