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Futebol

Antony afastado do Manchester por “problemas domésticos”

Um pretexto para a perseguição aos jogadores brasileiros

O caso Antony, o mais recente escândalo envolvendo um jogador da Seleção Brasileira de Futebol, mostra que existe uma verdadeira campanha contra nossos atletas. Ele não é o único, o também jogador da Seleção, Lucas Paquetá, está afastado de seu time, West Ham, por suposto envolvimento em um esquema de apostas.

Os dois jogadores que vinham sendo convocados e participaram da última Copa do Mundo, estão afastados da Seleção. Pode parecer coincidência, mas na grande imprensa, o comentarista Walter Casagrande fez uma vídeo histérico defendendo que Neymar Júnior, nosso maior craque, não fosse convocado. Casagrande alegou de tudo, desde que Neymar não vinha jogando, e até mesmo por ter supostamente cometido, para espanto geral, crime ambiental.

Culpado até prova em contrário

O caso de Antony mostra que o que prevalece é uma total ausência do amplo direito de defesa. A grande imprensa apresenta o jogador como culpado ou altamente suspeito de ter agredido a namorada, ainda que investigações não tenham sido concluídas. 

O identitarismo e a prática do ‘cancelamento’, torna qualquer homem culpado a priori no caso de ser acusado de agressão contra uma mulher. Em 2019, Neymar foi acusado pela modelo Najila Trindade de tê-la agredido e estupro. Nas redes sociais o jogador foi linchado, tratado como culpado, até que se provou sua inocência e de ter sofrido tentativa de extorsão. Obviamente, nenhum de seus detratores se lembrou de se desculpar.

Uma reportagem do UOL traz um trecho de uma troca de mensagens entre Antony e a namora, Gabriela Cavallin, onde se lê “Já era eu e você. Tomara que você morra, vai se foder”. Apesar de que essa mensagem isolada não prove nada, a impressão que se tem é que o jogador desejava de fato a morte da moça, ou realmente a agredia fisicamente. Segundo o próprio jogador, os dois se xingavam. 

O mais curioso na matéria do UOL, é que ao final existe uma dizendo “O que fazer em caso de violência doméstica? Se você está sofrendo violência…”. É simplesmente uma tremenda manipulação. Essa chamada induz o leitor a crer que o jogador seja realmente culpado de agressão.

Não podemos entrar no mérito do que realmente aconteceu, isso só pode ser concluído após investigações. Toda pessoa precisa ter amplo direito de se defender. O UOL apresenta áudios, fotos de Gabriela Cavallin etc, mas isso não pode ser conclusivo. É preciso periciar, a própria Najila Trindade divulgou um vídeo onde parecia ser agredida.

Antecipação de pena

O que temos visto é uma grande campanha para punir as pessoas antes mesmo que esta tenha tido o direito de se defender. Antony ter sido cortado da Seleção foi uma punição antecipada, não se sabe ainda como o caso será concluído.

Embora muitos setores da esquerda, especialmente os identitários, achem normal punir, e afastar as pessoas de suas funções, foi exatamente isso que aconteceu com Lula. O petista foi preso quando ainda cabiam recursos e foi afastado da corrida presidencial, o que propiciou a eleição de Bolsonaro.

É esse tipo de mentalidade que permite que o STF passe por cima das Leis; que legisle, quando isso é atribuição do Congresso e do Senado.

A imprensa venal e seus comentaristas de aluguel estão aí para destruir o futebol brasileiro, isso é muito claro. A esquerda é que não pode entrar nessa onda. As coisas que acontecem fora do campo não deveriam interferir no futebol.

Existe uma grande perseguição a Neymar e outros atletas que declararam apoia o Bolsonaro. Porém, o fato de este ou aquele jogador apoiar nossos adversários políticos não é permissão para que se aja contra eles ao arrepio da lei e das garantias legais.

O dever da esquerda é lutar pela liberdade, pelo direito de defesa; e não fazer como se tem visto, querendo que se crie cada vez mais crimes, pedindo cadeia para uma pessoa que ofenda outra. Esse ambiente repressivo só pode beneficiar a direita e até mesmo a extrema-direta, que já soube se aproveitar e procura ligar movimentos populares como o MST ao terrorismo.

Punição do bem

O truque para se aumentar a repressão do Estado é fingir que existe uma preocupação com a segurança das mulheres e que se defende os direitos da minorias etc. É claro que as instituições não vão direto ao ponto e escancarar que estão formando uma ditadura. A censura, por exemplo, seria supostamente para banir o extremismo, o racismo e coisas que o valham. Na prática, porém, é um partido de esquerda, como o PCO, que tem suas redes censuradas em pleno ano eleitoral.

A esquerda precisa deixar de lado o identitarismo e essa sanha repressora, pois o Estado burguês se sente cada vez mais à vontade para punir a esquerda e a classe trabalhadora.

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