Durante sua fala no final do ato de 12 de novembro na Avenida Paulista, Antonio Carlos Silva, dirigente nacional do PCO, afirmou que, “assim como Lamarca, assim como Marighela, assim como Che Guevara foram mártires da luta da classe operária, dos trabalhadores, os mortos da Palestina são mártires da luta pela emancipação não só da Palestina, mas de todos os povos oprimidos”.
Confira seu discurso na íntegra:
“Eu queria em primeiro lugar dizer a todo mundo que estamos de parabéns pelo grande ato que nós realizamos hoje. Eu queria chamar a atenção, companheiros, porque, nesta semana, tivemos importantes vitórias do nosso movimento. Todo mundo viu o companheiro da Fepal, na Câmara dos deputados, enfrentar os racistas da direita e exibir como muitos deputados o cartaz que nós do comitê de luta distribuímos por todo o País. É essa a campanha vitoriosa que estamos realizando.
Eu queria chamar a atenção porque o pessoal da esquerda tem que parar de conversa fiada e fazer como nós dos comitês de luta: produzir cartazes, produzir panfletos, sair às ruas!
Eu, que sou diretor da APEOESP, sou da direção nacional do PCO, queria chamar a atenção dos companheiros dos sindicatos. Hoje eu vi aqui companheiros do sindicato dos bancários, dos químicos, dos professores, mas eu queria dizer que ainda está fraco. Nós precisamos fazer uma mobilização dos trabalhadores para parar o genocídio.
O ato para a gente derrotar a direita, para a gente derrotar o genocídio, não pode ser esse ato em que a esquerda convida a si mesmo e vem para cá tentar criar barreira no movimento. Tem que fazer como estão fazendo os companheiros do PCO, como estão fazendo os companheiros dos comitês de luta: colar cartazes, distribuir panfletos!
Nessa semana, companheiros, o nosso movimento foi vítima de uma dura tentativa de golpe. E também foi uma vitória nossa ter desmascarado. Eles colocaram na televisão, na Rede Globo, na Folha de S.Paulo, em toda a escória da imprensa golpista, que eles tinham prendido “terroristas” em uma clara armação arquitetada pelo Mossad, o serviço de inteligência de Israel, com o FBI e o serviço de inteligência dos Estados Unidos.
Nós denunciamos, porque nós não somos a esquerda pequno-burguesa que tem medo de apoiar o Hamas. O que está acontecendo na Palestina é um levante do povo árabe, é um levante do povo palestino e nós não estamos aqui simplesmente para lamentar os mortos. A gente lamenta a morte dos nossos irmãos palestinos. Mas para nós, companheiros, assim como Lamarca, assim como Marighela, assim como Che Guevara foram mártires da luta da classe operária, dos trabalhadores, os mortos da Palestina são mártires da luta pela emancipação não só da Palestina, mas de todos os povos oprimidos. Por isso, chamamos aqui hoje para cerrar fileiras. A tarefa, companheiros, é reforçar a campanha para a gente tirar mais cartazes, mais panfletos, e na semana que vem a gente volta cinco vezes mais, dez vezes mais!
Por último, quero dizer o seguinte: já passou da hora das organizações de esquerda e dos sindicatos fazerem moção de solidariedade. É preciso fazer como os trabalhadores do Reino Unido, dos Estados Unidos. Tem que parar contra o estado sionista de Israel! E nós temos que exigir do governo Lula que rompa imediatamente as relações com o Estado sionista de Israel!”