Após a operação da Polícia Federal na quarta-feira (8) que teve a participação do serviço de desinformação de “Israel”, Mossad, que levou a prisão de dois supostos militantes do Hesbolá o ministro da justiça Flávio Dino se pronunciou. A posição de Dino, publicada em sua rede social, no entanto, não faz sentido pois o Mossad passou por cima da polícia federal ao divulgar informações antes da própria polícia.
“1.O Brasil é um país soberano. A cooperação jurídica e policial existe de modo amplo, com países de diferentes matizes ideológicos, tendo por base os acordos internacionais.
2.Nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil. E nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento;
3.Quem faz análise da plausibilidade de indícios que constam de relatórios internacionais são os delegados da Polícia Federal, que submetem pedidos ao nosso Poder Judiciário;
4.Os mandados cumpridos ontem, sobre possível caso de terrorismo, derivaram de decisões do Poder Judiciário do Brasil. Se indícios existem, é DEVER da Polícia Federal investigar, para CONFIRMAR OU NÃO as hipóteses investigativas;
5.A conduta da Polícia Federal decorre exclusivamente das leis brasileiras, e nada tem a ver com conflitos internacionais. Não cabe à Polícia Federal analisar temas de política externa;
6. investigações da Polícia Federal começaram ANTES da deflagração das tragédias em curso na cena internacional;
7. Apreciamos a cooperação internacional cabível, mas repelimos que qualquer autoridade estrangeira cogite dirigir os órgãos policiais brasileiros, ou usar investigações que nos cabem para fins de propaganda de seus interesses políticos;
8. Quando legalmente oportuno, a Polícia Federal apresentará ao Poder Judiciário do Brasil os resultados da investigação técnica, isenta e com apoio em provas analisadas EXCLUSIVAMENTE pelas autoridades brasileiras.”
O jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi, respondeu a declaração de Dino de forma enfática:
“Caro ministro @FlavioDino, mas foi exatamente o que fez o regime sionista, em sua página oficial, antecipando resultado da investigação. Não merecem uma resposta mais dura e firme? Outra pergunta: qual o sentido de ter cooperação em inteligência com um Estado colonial e racista?”
Dianta do posicionamento da Mossad e da desculpa mal contata de Flavio Dino todo o caso fica ainda mais difícil de acreditar. Qualquer coisa que envolva o serviço de desinformação de “Israel” não deve ser recebido com um pingo de confiança. Pelo contrário, tudo que afirma “Israel” deve ser considerado sempre uma mentira.