Um artigo do jornal de direita, Gazeta do Povo, afirma que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, pelo menos desde que decidiu censurar as redes sociais do PCO, vem repetindo um verdadeiro mantra para justificar suas absurdas decisões ante-democráticas:
“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão!
Liberdade de expressão não é liberdade de destruição da Democracia, das Instituições e da dignidade e honra alheias!
Liberdade de expressão não é liberdade de propagação de discursos mentirosos, agressivos, de ódio e preconceituosos!”
O jornal diz corretamente que Moraes repete essas idiotices porque quer se autoafirmar, já que está promovendo uma verdadeira lambança jurídica com suas decisões. Está certo, de fato, quanto mais se repete alguma coisa, maior a chance de ser levada a sério. Mas logicamente que esse é o menor dos problemas. Moraes está tão seguro porque conta com o apoio das máquinas mais poderosas do país, ele mesmo um juiz do Supremo, a imprensa golpista que dá o suporte necessário e o ajuda a repetir as idiotices, a burguesia imperialista que impulsiona essa política.
Para justificar a censura, é preciso chamá-la de outra coisa. Então, ao invés de dizer que não existe mais liberdade de expressão, o ditador Alexandre de Moraes diz repete a frase acima. Triste é ver pessoas da esquerda repetindo essas verdadeiras imbecilidades.
“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão”. De fato não é. As pessoas deveriam ter o direito de falar o que quiserem, mas as pessoas não têm o direito de agredir alguém. Mas as duas coisas são separadas, falar não é agredir, agredir não é falar.
“Liberdade de expressão não é liberdade de destruição da Democracia”. Quer dizer então que a “democracia” é aquilo que Moraes decidiu que é. Por exemplo, alguém pode achar que “democracia” é a ausência do Senado e do STF e que esses órgãos deveriam ser extintos, qual seria o problema de dar essa opinião. Alguém poderia contestar a quantidade de partidos no País, isso é democrático ou um atentado à democracia. Quem decide? Aparentemente quem decide o que é democrático ou não é o rei Alexandre de Moraes. Mas aí fica a questão: é demcrática uma monarquia?
Essa frase é a mais interessante, pois revela que estamos diante de uma censura política. Quer dizer que qualquer opinião que saia do que está estabelecido pelo regime político vigente será acusada de atentar contra as instituições.
E, por último, a frase que poderia ser de um programa humorístico: “Liberdade de expressão não é liberdade de propagação de discursos mentirosos, agressivos, de ódio e preconceituosos!”. Alexandre de Moraes, inspirado pelo filme hollywoodiano estrelado por Jim Carrey, “O mentiroso”, quer proibir a mentira no mundo. É lindo isso!
Ninguém no mundo mente, mentiu ou mentirá graças ao magnífico Alexandre de Moraes. Da mesma maneira, todos deixarão de ser preconceituosos graças a sua majestade. Erramos ao dizer acima que Alexandre de Moraes é rei, ele deveria ser mesmo é Papa.