Após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que anulou todas as “provas” colhidas nos acordos feitos pela conspiração da Lava Jato, o ministro determinou também “que intime-se a AGU [Advocacia Geral da União] para que proceda à imediata apuração para fins de responsabilidade civil pelos danos causados”, acrescentando ainda que os órgãos responsáveis “adotem as medidas necessárias para apurar responsabilidades, não apenas na seara funcional, como também nas esferas administrativa, cível e criminal”.
Em resposta, Jorge Messias, advogado-geral da União, anunciou que cumprirá a decisão e que “uma vez reconhecidos os danos causados, os desvios funcionais serão apurados, tudo nos exatos termos do que foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal”.
A Advocacia Geral da União (AGU) anunciou ainda que abrirá processos administrativos contra os procuradores da Lava Jato (entre eles o ex-deputado federal Deltan Dallagnol [Podemos]) e também contra o hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR, juiz federal à época) para apurar o uso de “provas forjadas” e os prejuízos causados.