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14º CONCUT

Adotar uma posição própria, dos trabalhadores, diante da crise

É preciso deixar de lado a política de expectativa e aplausos. Contra o cerco da direita, mobilizar os trabalhadores

Dentro de pouco mais de uma semana, de 19 a 22 de outubro, realiza-se, em São Paulo, o 14º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CONCUT), no ano em que a Central completou 40 anos da sua fundação.

São esperados cerca de 1.600 delegados para um total de mais de 4 mil sindicatos filiados à entidade. Números que, por si só, já evidenciam a crise que se abate sobre a CUT e todo o movimento sindical, depois do golpe de estado.

Retrocesso no movimento operário

De um total de cerca de 100 milhões dos trabalhadores ocupados em todo o País, pouco mais de 9 milhões (9%) estão sindicalizados. Uma redução de cerca de 35% do total de 10 anos atrás, drasticamente acentuada com a “reforma” trabalhista imposta no governo de Michel Temer.

Fica claro também que as mudanças impostas pela burocracia sindical no período de retrocesso das lutas, fizeram com que o CONCUT (ao contrário dos primeiros anos da Central) deixasse de ser um fórum amplo, representativo dos trabalhadores de base, fazendo do CONCUT um encontro, majoritariamente de dirigentes sindicais, pouco representativo dos sindicalizados e dos 25% dos sindicatos filiados, em dia com os compromissos financeiros com a CUT.

A crise se expressa também na política conservadora da maioria das direções sindicais que, depois da importante vitória que foi a eleição de Lula, assumiu uma posição de expectativa e de aplausos (muitas vezes indevidos) à política do governo, que se vê paralisado e sabotado, diante do cerco que a burguesia (e a própria política de alianças com a direta) lhe impõe.

Reagir diante da nova etapa

Esta situação no interior do movimento operário está em aberta contradição com a evolução da situação econômica e política, por ela impulsionada. A crise se desenvolve com enorme rapidez e faz avançar os enfrentamentos entre os explorados e os exploradores em todo o Mundo. Isto fica claro no enfrentamento (que por vezes assume característica revolucionárias) entre países pobres e oprimidos, d num lado, e os países ricos, imperialistas, opressores, de outro.

O desenvolvimento desse enfrentamento já está levando a uma onda de mobilizações operárias em todo o Mundo(greve dos metalúrgicos e outras nos EUA; recorde de greves no Reino Unido; mobilizações na França, etc.), que dá os primeiros sinais no Brasil, onde – pelas enormes contradições do País – tende a assumir características muito profundas.

Frente a esta situação, a luta no CONCUT e fora dele, nos sindicatos e nas bases, tem que ser por dotar a CUT de uma política de independência de classe, de mobilização contra a ofensiva da direita contra o governo e contra o povo trabalhador e na defesa das reivindicações dos trabalhadores diante da crise, que contemple – dentre outros – os seguintes pontos fundamentais:

  1. Mobilizar em defesa dos emprego e salários com campanhas nacionais pela redução da jornada de trabalho (sem redução dos salários), do aumento emergencial do salário mínimo e de reposição das perdas salariais;
  2. defesa da soberania nacional e dos recursos em favor do povo: explorar 100% do nosso petróleo; fora o imperialismo da Amazônia;
  3. Unidade dos trabalhadores
  4. de todo o mundo contra o imperialismo: todo apoio à luta do povo palestino; fim do bloqueio contra Cuba; fim da guerra, com a derrota da OTAN e do imperialismo norte-americano e da OTAN na Ucrânia;
  5. Cancelar a privatização da Eletrobras e reestatizar 100% da Petrobrás, Vale e outras.
  6. Contra o parasitismo financeiro que faz que metade do orçamento público seja usurpado pelos bancos; drástica redução das taxas de juros; fim da autonomia do banco Central e estatização do sistema financeiro.
  7. Abaixo a ditadura do judiciário contra o povo e as organizações dos trabalhadores: liberdade irrestrita de organização, manifestação, de expressão e de greve.
  8. Criar milhares de Comitês de Luta para impulsionar a mobilização dos trabalhadores a partir dos locais de trabalho e moradia;
  9. Organização de todos os trabalhadores na CUT e sindicatos: terceirizados; “uberizados”, “pejotizados”, etc.;
  10. Unificação dos trabalhadores por meio de sindicatos nacionais por categorias;
  11. Dotar as organizações operárias de uma imensa própria, independente da burguesia

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