Os abutres sanguessugas do povo trabalhador, que nunca tiveram qualquer compromisso com os direitos sociais da população, pressionam diuturnamente o presidente Lula e o governo eleito pela maioria da população, exigindo mais cargos na estrutura administrativa, em troca de suposto apoio parlamentar, que, a bem da verdade, não existe, não se efetiva, pois são justamente esses setores (a direita golpista) que sistematicamente vem votando contra o governo no parlamento.
É nesse sentido que volta à carga toda uma nova investida para tentar controlar e, assim, sabotar o governo Lula, investida essa comandada pela direita agrupada no “centrão”, que pressiona em suas chantagens contra Lula e o governo.
E as pretensões não são pequenas, pois a cobiça da máfia liderada pelo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), é nada menos do que o Ministério da Saúde, o maior orçamento federal, com mais de R$180 bilhões.
São inúmeros os interesses que movimentam a direita reacionária e corrupta para colocar as mãos no Ministério da Saúde, a começar pela própria família do presidente da Câmara dos Deputados, cujos filhos controlam uma empresa que presta serviços publicitários à pasta, isso desde a gestão anterior bolsonarista, sob o desastroso comando do general Pazuello, de triste lembrança para todos os brasileiros.
Mas a coisa vai muito, muito além de pequenos negócios familiares. A cobiça da direita diz respeito ao gigantesco orçamento da saúde, os contratos com fornecedores, as parcerias com a iniciativa privada, os recursos que são destinados à manutenção dos hospitais, clínicas e casas de saúde espalhados pelos quatro cantos do país.
Não pode ser esquecido também que neste ano completam-se 35 anos da instituição do Sistema Único de Saúde (SUS), o maior programa de atendimento médico do mundo, estatal, público, gratuito e universal.
Vale destacar que o golpe de Estado de 2016 e o que veio depois tentou de todas as formas destruir o SUS, privilegiando a saúde privada, para onde foram destinados muitos dos recursos que deveriam ir para o atendimento da população pobre e carente do país.
Vale ainda salientar que sob a tenebrosa e macabra gestão da extrema-direita à frente da saúde pública nacional, não somente milhares de vidas foram ceifadas em função do negacionismo científico e da irresponsabilidade criminosa na gestão da crise da pandemia (2020-2022) – onde oficialmente foram registradas mais de 700 mil mortes – mas também, sob a égide da extrema-direita na pasta da saúde pública, verificou-se um retrocesso em quase todos os programas do Ministério, com destaque para a vacinação, cuja cobertura, nos últimos quatro anos, despencou para números nunca antes vistos, sendo que o Brasil sempre foi uma referência internacional em se tratando de cobertura vacinal.
Lula, portanto, não deve, sob nenhuma hipótese, ceder às chantagens da direita; ao contrário, deve se apoiar na mobilização popular para a defesa das reivindicações populares e colocar a Saúde sob o controle dos trabalhadores do setor e das organizações populares.